Já
alguma vez discorri sobre o viver sozinho, sei mas não quero “pesquisar” para
ler o que escrevi. Não me interessa. Naturalmente que o fiz sob uma “pressão”
qualquer e, portanto o tempo e o espaço serão completamente diferentes.
Serão,
de facto?
A
vida não é uma sucessão acontecimentos não inteiramente novos mas com pequenos
– ou grandes – resquícios do passado?
O
que há, de facto, de inteiramente novo na vida de alguém que ultrapassou os
setenta anos de idade?
Penso
que a única coisa “nova” é a experiência uma espécie de ”déjá vu”, talvez com
cores mais esbatidas mas nem por isso, identificáveis.
Ouvi
há pouco, num filme que corria na televisão, uma artista responder ao
intérprete que dizia: ‘penso que as recordações se vão desvanecendo
com o tempo´; ‘Desvanecendo
ou aprendendo a viver com elas?’
De
facto a mente humana é algo surpreendentemente maravilhoso. Tem uma capacidade
de “arquivo selectivo” que nenhum computador pode igualar e, indo mais longe,
consegue estabelecer conexão entre factos ocorridos hoje, agora mesmo, com
outros que estão perdidos no tempo longínquo e distante.
Esta
constatação – real, objectiva e serena – leva-me a concluir não ser possível a
alguém honesto intelectualmente duvidar que um “Arquitecto Criador Supremo”
terá de estar por detrás desta maravilha.
Nós,
Cristãos, chamamos-lhe Deus Nosso Senhor mas, o Seu Nome, para outros, pode não
ser Deus mas outro qualquer que lhe mereça crédito e, sobretudo, admiração
devota e servil.
Servil?
Sim,
não será óptimo servir a tão excelente amo?
Nós
que servimos tantas coisas – manias, vícios, tendências, obstinações – não
devemos chocar-nos com esta palavra: SERVIR!
Ao
contrário, deveremos procurar com afinco, inteligência e método honesto a quem
servir, ou que servir, porque ser servo não é uma sub-categoria humana mas uma
qualificação comum a todos.
AMA,
reflexões 15.07.2018
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