16/10/2018

Temas para reflectir e meditar


Formação humana e cristã – 81 

Talvez cheguemos à conclusão que poderíamos ter aproveitado aquela ocasião que resolvemos ignorar para fazer algo de bom para essa pessoa e para nós próprios porque o bem ou o mal que fazemos aos outros tem sempre consequências para quem o prática.

Hoje em dia, se alguém que não conhecemos nos cumprimenta, por exemplo dizendo "bom-dia" ficamos admirados, o que não acontecia há anos atrás principalmente na província.

Isto tem importância?

Claro que tem. Revela pelo menos o crescendo da indiferença entre as pessoas.

E esta indiferença está a destruir a sociedade de tal forma que, por exemplo, já não somos considerados "pessoas" mas "indivíduos".

Como é possível que, por exemplo, numa família não sejamos tratados como pessoas pertencendo a um agregado consistente, real, com sentimentos que são comuns como, por exemplo, a defesa do bom-nome, das memórias, da unidade, mas como indivíduos agindo adrede sem qualquer preocupação por mínima que seja a respeito do núcleo familiar?

Ou seja, onde deveria existir amor, sincero, verdadeiro, em que a pessoa é amada por aquilo que é e não pelo que tem, passa a haver indiferença e uma ausência de sentimentos de solidariedade, respeito, amizade, amor.

E, evidentemente, isto reflecte-se inexoravelmente na vida social.

Depois, claro, esse individualismo atinge níveis de autêntico desprezo pela dignidade da pessoa humana e advoga-se, defende-se, propõe-se que a sua utilidade está na relação directa da sua capacidade física de contribuir para o todo e não traga custos nem despesas em que todos, de uma forma ou outra, terão de participar.
Daí a eutanásia, o aborto, o abandono dos mais débeis e incapacitados.
Considera-se que se pode legislar, decidir, se alguém deve morrer ou não, se será conveniente dar vida a uma criança não "programada".

AMA, reflexões.

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