06/09/2018

Temas para reflectir e meditar


Ser como criança - 2

Na agitação que rodeia as nossas vidas, um sentimento de alguma "inveja" por aqueles e aquelas que escolhem a viver uma vida recolhida num convento muitas vezes nos faz pensar e ansiar por um tempo mesmo que breve de recolhimento e sossego para ouvir melhor, por assim dizer, o que o Espírito Santo sussurra ao nosso coração.
Sabemos muito bem que muitas coisas importantes dependem deste escutar com vontade de aprender ou desejo de seguir seguir essas inspirações.
É muito difícil escutar sem silêncio interior e, este, também se torna difícil no meio da agitação da vida diária.

Penso o que seria o céu sem silêncio!

De facto acho que a contemplação da Face de Deus deve ser de tal forma intensa, esmagadora que impedirá a articulação de qualquer palavra ou ruído.
Talvez pudéssemos como que "ensaiar" essa postura silenciosa já aqui na terra.
E muito precisamos desse exercício porque muitas vezes a nossa ânsia de falar é tal que saltando de um assunto para outro quase sem interrupção nos vamos envolvendo numa verborreia maçadora que ninguém quer escutar.

Talvez que tal seja fruto ou consequência de quem não tendo com quem falar se habituou a falar consigo próprio assumindo-se como comunicador e ouvinte.
Este fenómeno talvez seja mais frequente que se possa pensar.
Mal? Não vejo nenhum bem ao contrário servirá para pelo menos ter a mente ocupada.

Se houver honestidade intelectual - que considero absolutamente indispensável - pode alcançar-se um nível de raciocínio bastante elevado.
Talvez que resolvemos escrever alguns dos pontos que abordámos ou conclusões a tenhamos chegado.

Ficaremos assim com matéria para o exame de que falamos.

AMA, reflexões, 26.05.2018

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