Na agitação que rodeia as
nossas vidas, um sentimento de alguma "inveja" por aqueles e aquelas
que escolhem a viver uma vida recolhida num convento muitas vezes nos faz
pensar e ansiar por um tempo mesmo que breve de recolhimento e sossego para
ouvir melhor, por assim dizer, o que o Espírito Santo sussurra ao nosso coração.
Sabemos muito bem que
muitas coisas importantes dependem deste escutar com vontade de aprender ou
desejo de seguir seguir essas inspirações.
É muito difícil escutar
sem silêncio interior e, este, também se torna difícil no meio da agitação da
vida diária.
Penso o que seria o céu
sem silêncio!
De facto acho que a
contemplação da Face de Deus deve ser de tal forma intensa, esmagadora que
impedirá a articulação de qualquer palavra ou ruído.
Talvez pudéssemos como que
"ensaiar" essa postura silenciosa já aqui na terra.
E muito precisamos desse
exercício porque muitas vezes a nossa ânsia de falar é tal que saltando de um
assunto para outro quase sem interrupção nos vamos envolvendo numa verborreia
maçadora que ninguém quer escutar.
Talvez que tal seja fruto
ou consequência de quem não tendo com quem falar se habituou a falar consigo
próprio assumindo-se como comunicador e ouvinte.
Este fenómeno talvez seja
mais frequente que se possa pensar.
Mal? Não vejo nenhum bem
ao contrário servirá para pelo menos ter a mente ocupada.
Se houver honestidade
intelectual - que considero absolutamente indispensável - pode alcançar-se um
nível de raciocínio bastante elevado.
Talvez que resolvemos
escrever alguns dos pontos que abordámos ou conclusões a tenhamos chegado.
Ficaremos assim com
matéria para o exame de que falamos.
AMA,
reflexões, 26.05.2018
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