Evangelho: Lc 9, 28-48
28
Uns oito dias depois destas palavras, levando consigo Pedro, João e Tiago,
Jesus subiu ao monte para orar. 29 Enquanto orava, o aspecto do seu rosto
modificou-se, e as suas vestes tornaram-se de uma brancura fulgurante. 30 E
dois homens conversavam com Ele: Moisés e Elias, 31 os quais, aparecendo
rodeados de glória, falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém. 32 Pedro
e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de
Jesus e os dois homens que estavam com Ele. 33 Quando eles iam separar-se de
Jesus, Pedro disse-lhe: «Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma
para ti, uma para Moisés e outra para Elias.» Não sabia o que estava a dizer.
34 Enquanto dizia isto, surgiu uma nuvem que os cobriu e, quando entraram na
nuvem, ficaram atemorizados. 35 E da nuvem veio uma voz que disse: «Este é o
meu Filho predilecto. Escutai-o.» 36 Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou só.
Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, nada contaram a ninguém do
que tinham visto. 37 No dia seguinte, ao descerem do monte, veio ao encontro de
Jesus uma grande multidão. 38 E, de entre a multidão, um homem gritou: «Mestre,
peço-te que olhes para o meu filho, porque é o meu filho único. 39 Um espírito
apodera-se dele e, subitamente, começa a gritar e a sacudi-lo com violência,
fazendo-o espumar. Só a custo se retira dele, deixando-o num estado miserável.
40 Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não puderam.» 41 Jesus
respondeu: «Ó geração incrédula e pervertida! Até quando estarei convosco e
terei de vos suportar? Traz cá o teu filho.» 42 E, quando ele se aproximava, o
demónio atirou-o ao chão e sacudiu-o violentamente. Jesus, porém, ameaçou o
espírito maligno, curou o menino e entregou-o ao pai. 43 E todos estavam maravilhados
com a grandeza de Deus. Estando todos admirados com tudo o que Ele fazia, Jesus
disse aos seus discípulos: 44 «Prestai bem atenção ao que vou dizer-vos: o
Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.» 45 Eles, porém, não
entendiam aquela linguagem, porque lhes estava velada, de modo que não
compreendiam e tinham receio de o interrogar a esse respeito. 46 Veio-lhes
então ao pensamento qual deles seria o maior. 47 Conhecendo Jesus os seus
pensamentos, tomou um menino, colocou-o junto de si 48e disse-lhes: «Quem
acolher este menino em meu nome, é a mim que acolhe, e quem me acolher a mim,
acolhe aquele que me enviou; pois quem for o mais pequeno entre vós, esse é que
é grande.»
Comentário:
A
este episódio extraordinário da Transfiguração seguem-se uma série de
acontecimentos que, poderíamos dizer, são recorrentes na vida diária de Jesus
Cristo: as pessoas acorrem a Ele para verem sanados os seus males do espírito
ou do corpo.
E
o Senhor, que acabou de Se mostrar em toda a Sua dignidade grandiosa de Cristo
Filho Unigénito de Deus, não faz qualquer gesto de enfado ou recusa de atender
quem o procura.
E
aproveita sempre essas ocasiões para catequizar, ensinar, esclarecer os que O
rodeiam.
E
enfatizando sempre que acima de qualquer grandeza, importância ou relevo está a
simplicidade como a das crianças.
Sim…
dirá mais tarde que, o Reino de Deus, é dos que se comportam como crianças na
simplicidade e na inocência.
(AMA,
comentário sobre Lc 9, 28-48, 19.05.2018)
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