07/07/2018

Confissões – 05



Confissões

Quando me a última vez que me confessei, fiz um propósito.

Estou muito habituado a fazer propósitos, na verdade, não tenho feito outra coisa toda a minha vida.

É fácil.
Um propósito não é uma promessa, mas uma intenção.

Claro, eu sou esperto.
Se faço uma promessa tenho a obrigação de a cumprir.

Se, mais comodamente, faço um propósito fico muito bem comigo mesmo, acho que fiz "uma grande coisa" mas, se me "esquecer" do que me propus, não acontece nada de mais. Apenas um "falhanço", mais um. E pronto.

E... agora? Fiz um propósito concreto.

Vou falhar... mais uma vez?

Tu. Senhor, sabes bem, conheces bem a minha prosápia. Peço-te - atrevo-me a pedir-te - não me "leves a sério", e ajuda-me a ser honesto contigo e a prometer só aquilo que está nas minhas mãos cumprir - e que é bem pouco, como sabes - o que faltar, que é quase tudo, põe-no Tu e, assim, conseguirei.

(AMA, reflexões, 2017)



[i] Resolvi passar à escrita um conjunto de reflexões que têm como sub-título:  Confissões

Se se quiser, poderia chamar-se reflexões sobre mim ou, talvez exame pessoal.

Não sei qual será a utilidade para os eventuais leitores - nem isso me preocupa - mas dada a minha condição de viúvo vivendo sozinho, talvez que alguém encontre alguma "pista" de como lidar com situações peculiares.

Exponho-me, é verdade, mas tenho bem presente que 'não há nada escondido que não acabe por se saber ', e, assim, decidi.


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