Confissões
Quando me a
última vez que me confessei, fiz um propósito.
Estou muito
habituado a fazer propósitos, na verdade, não tenho feito outra coisa toda a
minha vida.
É fácil.
Um propósito
não é uma promessa, mas uma intenção.
Claro, eu sou
esperto.
Se faço uma
promessa tenho a obrigação de a cumprir.
Se, mais
comodamente, faço um propósito fico muito bem comigo mesmo, acho que fiz
"uma grande coisa" mas, se me "esquecer" do que me propus,
não acontece nada de mais. Apenas um "falhanço", mais um. E pronto.
E... agora? Fiz
um propósito concreto.
Vou falhar...
mais uma vez?
Tu. Senhor,
sabes bem, conheces bem a minha prosápia. Peço-te - atrevo-me a pedir-te - não
me "leves a sério", e ajuda-me a ser honesto contigo e a prometer só
aquilo que está nas minhas mãos cumprir - e que é bem pouco, como sabes - o que
faltar, que é quase tudo, põe-no Tu e, assim, conseguirei.
(AMA, reflexões, 2017)
[i] Resolvi passar à escrita um conjunto
de reflexões que têm como sub-título: Confissões
Se se quiser, poderia chamar-se reflexões sobre mim ou, talvez exame
pessoal.
Não sei qual será a utilidade para os eventuais leitores - nem isso me
preocupa - mas dada a minha condição de viúvo vivendo sozinho, talvez que
alguém encontre alguma "pista" de como lidar com situações
peculiares.
Exponho-me, é verdade, mas tenho bem presente que 'não há nada escondido
que não acabe por se saber ', e, assim, decidi.
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