Entramos no tempo da Quaresma: tempo de
penitência, de purificação, de conversão. Não é fácil tarefa. O cristianismo
não é um caminho cómodo; não basta estar na Igreja e deixar que os anos passem.
Na nossa vida, na vida dos cristãos, a primeira conversão – esse momento único,
que cada um de nós recorda, em que advertimos claramente tudo o que o Senhor
nos pede – é importante; mas ainda mais importantes e mais difíceis são as
conversões sucessivas. É preciso manter a alma jovem, invocar o Senhor, saber
ouvir, descobrir o que corre mal, pedir perdão, para facilitarmos o trabalho da
graça divina nessas sucessivas conversões.
Haverá melhor maneira de começar a
Quaresma? Renovamos a Fé, a Esperança, a Caridade. Esta é a fonte do espírito
de penitência, do desejo de purificação. A Quaresma não é apenas uma ocasião de
intensificar as nossas práticas externas de mortificação; se pensássemos que
era isso apenas, escapar-nos-ia o seu sentido profundo na vida cristã, porque
esses actos externos são, repito, fruto da Fé, da Esperança e do Amor. (Cristo
que passa, 57)
A Quaresma coloca-nos agora perante
estas perguntas fundamentais: Avanço na minha fidelidade a Cristo? Em desejos
de santidade? Em generosidade apostólica na minha vida diária, no meu trabalho
quotidiano entre os meus companheiros de profissão? (Cristo
que passa, 58)
Não podemos considerar esta Quaresma
como uma época mais, repetição cíclica do tempo litúrgico; este momento é
único; é uma ajuda divina que é necessário aproveitar. Jesus passa ao nosso
lado e espera de nós – hoje, agora – uma grande mudança. (Cristo
que passa, 59)
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