Se
desejas deveras ser alma penitente – penitente e alegre –, deves defender,
acima de tudo, os teus tempos diários de oração, de oração íntima, generosa,
prolongada, e hás-de procurar que esses tempos não sejam ao acaso, mas a hora
fixa, sempre que te for possível. Sê escravo deste culto quotidiano a Deus, e
garanto-te que te sentirás constantemente alegre. (Sulco,
994)
Como
anda a tua vida de oração? Não sentes às vezes, durante o dia, desejos de falar
mais devagar com Ele? Não Lhe dizes: logo vou contar-te isto e aquilo; logo vou
conversar sobre isso contigo?
Nos
momentos dedicados expressamente a esse colóquio com o Senhor o coração
expande-se, a vontade fortalece-se, a inteligência – ajudada pela graça – enche
a realidade humana com a realidade sobrenatural. E, como fruto, sairão sempre
propósitos claros, práticos, de melhorares a tua conduta, de tratares
delicadamente, com caridade, todos os homens, de te empenhares a fundo – com o
empenho dos bons desportistas – nesta luta cristã de amor e de paz.
A
oração torna-se contínua como o bater do coração, como as pulsações. Sem essa
presença de Deus não há vida contemplativa. E sem vida contemplativa de pouco
vale trabalhar por Cristo, porque em vão se esforçam os que constroem se Deus
não sustenta a casa.
Para
se santificar, o cristão corrente – que não é um religioso e não se afasta do
mundo, porque o mundo é o lugar do seu encontro com Cristo – não precisa de
hábito externo nem sinais distintivos. Os seus sinais são internos: a constante
presença de Deus e o espírito de mortificação. Na realidade, são uma só coisa,
porque a mortificação é apenas a oração dos sentidos. (Cristo
que passa, nn. 8–9)
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