Jesus,
posso afirmar, preocupava-se com os doze escolhidos para O seguirem mais de
perto.
As
longas conversas - que poderíamos chamar de aulas de catequese - destinavam-se
à sua formação espiritual e humana.
Mas
não só.
Porque
O seguiam no Seu constante deambular de terra em terra, não podiam trabalhar
nos seus ofícios - eram quase todos pescadores e, a pesca requer tempo, muito
tempo - e conseguirem assim, ganhar para o sustento próprio e das suas
famílias.
Cento
e cinquenta grandes peixes é uma manifestação do cuidado pelas coisas simples e
concretas dos Seus próximos.
Gosto
de fazer contas.
Admitamos
que um "grande peixe" pese, pelo menos, cinco quilos.
Temos
assim que o total dará mais ou menos 765 quilos de peixe.
Meia
tonelada!
Admitamos
que cada um comeria meio quilo de peixe, ou seja - exagerando - naquela
refeição nas margens do lago consumiram seis quilos de peixe.
Restam,
portanto, quatrocentos 759 quilos de peixe.
Não
sei quanto valeria um quilo de peixe, mas, considerando que com um Denário –
salário médio de um trabalhador – se compravam oito quilos de pão, podemos
admitir que um quilo de peixe valeria, pelo menos, metade, ou seja, meio Denário.
Sendo
assim, os 494 quilos de peixe renderiam 279 denários, cerca de 32 denários a cada
um.
Ou
seja, o sustento de 32 dias de trabalho.
Vale
a pena fazer estes "exercícios"?
Acho
que sim porque - de certa forma - demonstram não só a Providência divina, mas,
sobretudo, a magnitude dessa providência cuja medida é aquela que o Senhor
refere: «uma medida cheia, bem calcada, a
transbordar» [ii].
AMA,
Reflexões, 31.05.2017
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