De facto, a morte, não tem
remédio absolutamente nenhum, é definitiva. É este – definitivo – que nos leva
à tal surpresa que falávamos no início.
Não estamos habituados a
que algo seja definitivo porque, a vida, a nossa própria vida tal como a dos
outros, está sempre em evolução e o hoje não é igual ao amanhã, nada se repete
tal e qual, tudo se vai transformando, evoluindo.
Vêm, depois, os outros, os
familiares, mais ou menos próximos, os amigos mais ou menos chegados,
companheiros de trabalho… e todos nos dizem mais ou menos as mesmas coisas.
Frases feitas, termos usuais nestas circunstâncias, ar contristado, pesaroso,
tentando parecer muito mais íntimos do que na verdade são.
Depois, cumpridas estas
formalidades, retiram-se para o exterior para "espairecer", fumar um
cigarro e, daí a pouco estabelece-se como que uma assembleia que conversa,
convive, troca impressões.
Sentimo-nos, talvez, como
que numa espécie de teatro um pouco requentado e com um enredo pouco ou nada
atraente.
(AMA, reflexões, 2013)
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