A
VOZ DOS PADRES
«Convém meditar nas palavras
que se seguem. Diz: "Crescia em sabedoria e graça" [i]. Crescer
em sabedoria e graça não pertence à natureza divina: desde o princípio tinha
tudo e nada lhe faltava. Mas também não há que pensar que, segundo a natureza
humana, (Jesus) se fortaleceu mais ou foi mais cheio daquele Espírito Santo que
habitava n’Ele, pois desde o primeiro momento teve o supremo grau de inabitação
da graça. Com efeito, mediante a união das duas naturezas, imediatamente
"n’Ele habita, corporalmente, toda a plenitude da divindade" [ii],
como afirma o santo Apóstolo Paulo.
Assim, as palavras:
"Crescia em sabedoria e graça" [iii],
ensinam que desde o primeiro momento da inabitação da humanidade na divindade,
a plenitude de graça e de sabedoria se manifestava e resplandecia cada vez
mais, de acordo com o desenvolvimento e o crescimento corporal; não recebia uma
nova graça ou uma sabedoria superabundante, mas a plenitude de graça e de
sabedoria manifestava-se por meio das Suas gloriosas acções (...). No entanto,
não convinha que a Sua sabedoria se manifestasse fora da idade. E como, segundo
a ordem da natureza, se requer esperar pelos doze anos para atingir a plenitude
da razão, assim considerou Ele coisa boa atingi-la ao chegar aos doze anos».
São
Máximo o Confessor (século VII). Vida de Maria, n. 60.
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