A VOZ DOS PADRES
«Um
grande sol se recolheu e escondeu numa nuvem esplêndida. Uma adolescente foi
Mãe d’Aquele que criou o homem e o mundo. Ela levava um menino, acariciava-O,
abraçava-O, mimava-O com as mais formosas palavras e adorava-O dizendo-Lhe: A
minha mente está perturbada pelo temor, concede-me a força para Te louvar. Não
sei explicar como estás calado, quando sei que em ti retumbam os tronos.
Nasceste de mim como um pequeno, mas és forte como um gigante; és o Admirável,
como te chamou Isaías quando profetizou sobre ti [i].
Eis
aqui que todo Tu estás comigo e, no entanto, estás inteiramente escondido em
teu Pai. As alturas do céu estão cheias da Tua majestade e, não obstante, o meu
seio não foi demasiado pequeno para ti. A Tua Casa está em mim e nos Céus.
Louvar-Te-ei com os Céus. As criaturas celestes olham-me com admiração e chamam-me
Bendita.
Que
me ampare o céu com o seu abraço, porque fui mais honrada do que ele. O céu,
com efeito, não foi a Tua mãe; mas tornaste-o o Teu trono. Quanto mais venerada
é a Mãe do Rei do que o Seu trono! Abençoar-Te-ei, Senhor, porque quiseste que
fosse a Tua Mãe; celebrar-Te-ei com formosas canções.
Oh!
Gigante que susténs a terra e que quiseste que ela Te sustenha. Bendito sejas.
Glória a Ti, oh! Rico, que te fizeste Filho de uma pobre».
São
Efrén da Síria (século IV). Hino 18
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