A voz do Magistério
«A
Sagrada Escritura do Antigo e Novo Testamento e a venerável Tradição apresentam
de modo progressivo, até nos mostrarem claramente, o papel da Mãe do Salvador
na economia da salvação. Os livros do Antigo Testamento descrevem a história da
salvação na qual se vai preparando lentamente a vinda de Cristo ao mundo.
Esses
antigos documentos, tais como são lidos na Igreja e interpretados à luz da
plena revelação ulterior, vão pondo cada vez mais em evidência a figura duma
mulher, a Mãe do Redentor. A esta luz, Maria encontra-se já profeticamente
presente na promessa da vitória sobre a serpente [i], feita
aos nossos primeiros pais caídos no pecado.
Ela
é, igualmente, a Virgem que conceberá e dará à luz um Filho, cujo nome será
Emanuel [ii]. É a primeira entre os humildes e pobres do Senhor, que
confiadamente esperam e recebem a salvação de Deus. Com ela, enfim, Filha
excelsa de Sião, passada a longa espera da promessa, cumprem-se os tempos e
inaugura-se a nova economia da salvação, quando o Filho de Deus dela recebeu a
natureza humana, para libertar o homem do pecado pelo mistério da sua
encarnação».
Concílio
Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, n. 55.
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