28/06/2017

Epístolas de São Paulo – 102

Carta aos Hebreus - cap 9

Insuficiência do culto antigo

- 1Com efeito, a primeira aliança continha normas para o culto e um santuário terrestre. 2Foi construída uma tenda, a primeira, chamada o Santo, na qual se encontrava o candelabro e a mesa dos pães da oferenda. 3Por detrás do segundo véu estava a tenda chamada Santo dos Santos, 4onde se encontrava o altar de ouro para os perfumes e a Arca da aliança, toda recoberta de ouro, contendo um vaso de ouro com o maná, a vara de Aarão que tinha florescido e as tábuas da aliança. 5Sobre a Arca estavam os querubins da glória, que cobriam com a sua sombra o propiciatório. Mas não é agora o momento de falar desse assunto em pormenor. 6Ora, estando assim dispostas as coisas, os sacerdotes entram continuamente na primeira tenda para celebrar o culto; 7mas na segunda, só entra o Sumo Sacerdote, uma vez por ano, e não entra sem levar consigo o sangue que oferece por si próprio e pelos pecados involuntários do povo. 8Com isto, queria o Espírito Santo mostrar que, enquanto subsistisse a primeira tenda, ainda não estava aberto o caminho do santuário. 9Esta é uma figura para o tempo presente, no qual se oferecem dons e sacrifícios que não podem tornar perfeita a consciência daquele que oferece, 10pois trata-se de comidas, bebidas e diversas purificações, todas prescrições humanas, impostas até ao tempo da nova ordem.

O sacrifício de Cristo é definitivo

- 11Mas, Cristo veio como Sumo Sacerdote dos bens futuros, através de uma tenda maior e mais perfeita, que não é feita por mão humana, isto é, não pertence a este mundo criado. 12Entrou uma só vez no Santuário, não com o sangue de carneiros ou de vitelos, mas com o seu próprio sangue, tendo obtido uma redenção eterna. 13Se, de facto, o sangue dos carneiros e dos touros e a cinza da vitela com que se aspergem os impuros, os santifica, purificando-os no corpo, 14quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo a Deus, sem mácula, purificará a nossa consciência das obras mortas, para que prestemos culto ao Deus vivo!

Cristo, Mediador da Nova Aliança

- 15Por isso, Ele é o mediador de uma nova aliança, um novo testamento; para que, intervindo a morte para a remissão das transgressões cometidas sob a primeira aliança, os chamados recebam a herança eterna prometida. 16Na realidade, onde há testamento, é necessário comprovar a morte do testador, 17pois um testamento só entra em vigor depois da morte e não tem efeito enquanto vive o que o fez. 18Por isso, nem sequer a primeira aliança foi inaugurada sem efusão de sangue. 19De facto, tendo Moisés proclamado a todo o povo cada prescrição, segundo a Lei, tomou o sangue dos vitelos e dos bodes com água, lã escarlate e um hissope e aspergiu o próprio livro e todo o povo, 20dizendo: Este é o sangue da aliança que Deus estabelece convosco. 21E, do mesmo modo, aspergiu também com sangue a tenda e todos os vasos de culto. 22Segundo a Lei, quase tudo é purificado com sangue e sem efusão de sangue não há perdão.

O perdão dos pecados pelo sacrifício de Cristo


- 23Era, pois, necessário que as figuras das realidades celestes fossem purificadas por tais meios, mas as realidades do céu deviam sê-lo por sacrifícios maiores do que esses. 24Na realidade, Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, figura do verdadeiro santuário, mas entrou no próprio céu, para se apresentar agora diante de Deus em nosso favor. 25E nem entrou para se oferecer a si mesmo muitas vezes, tal como o Sumo Sacerdote, que entra cada ano no santuário com sangue alheio; 26nesse caso, deveria ter sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo. Agora, porém, na plenitude dos tempos, apareceu uma só vez para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27E, assim como está determinado que os homens morram uma só vez e depois tenha lugar o julgamento, 28assim também Cristo, que se ofereceu uma só vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá uma segunda vez, não já por causa do pecado, mas para dar a salvação àqueles que o esperam.

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