I. DEFESA DO APÓSTOLO (1,12-7,16)
Capítulo 3
Ministério do
Espírito, não da letra
1Vamos começar de novo a recomendar-nos a nós mesmos? Ou
temos necessidade, como alguns, de cartas de recomendação para vós ou da vossa
parte? 2A nossa carta sois vós, uma carta escrita nos nossos
corações, conhecida e lida por todos os homens. 3É evidente que sois uma carta
de Cristo, confiada ao nosso ministério, escrita, não com tinta, mas com o
Espírito do Deus vivo; não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne que são
os vossos corações.
4Tal confiança, porém, nós a temos diante de Deus, por meio
de Cristo. 5Não é que sejamos capazes de conceber alguma coisa como de nós
mesmos; é de Deus que provém a nossa capacidade. 6É Ele que nos torna aptos
para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque
a letra mata, enquanto o Espírito dá a vida.
Glória da nova Aliança
7Ora se o ministério da morte, gravado com letras em pedra,
foi de tal glória que os filhos de Israel não podiam fixar o rosto de Moisés,
por causa do esplendor que nele havia, aliás passageiro, 8quanto mais glorioso
não será o ministério do Espírito? 9Na verdade, se o ministério da condenação foi glorioso,
muito mais rico de glória será o ministério da justiça. 10Mesmo até o que, sob
tal aspecto, foi glorioso, deixou de o ser por causa da glória eminentemente
superior. 11Se, com efeito, foi glorioso o que era transitório, muito mais
glorioso é o que permanece. 12Na posse de uma tal esperança, procedemos com total
desassombro. 13E não fazemos como Moisés, que punha um véu sobre o seu rosto
para que os filhos de Israel não vissem o fim do que era transitório. 14Mas o
entendimento deles foi obscurecido, e ainda hoje, quando lêem o Antigo
Testamento, esse mesmo véu continua a não ser removido, pois é só em Cristo que
deve ser levantado. 15Sim, até hoje, todas as vezes que lêem Moisés, um véu
cobre-lhes o coração. 16Mas, quando se converterem ao Senhor, o véu será
tirado. 17Ora, o Senhor é o Espírito e onde está o Espírito do Senhor, aí está
a liberdade. 18E nós todos que, com o rosto descoberto, reflectimos a glória do
Senhor, somos transfigurados na sua própria imagem, de glória em glória, pelo
Senhor que é Espírito.
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