II. CULTO DE ACORDO COM O EVANGELHO (12,1-15,13)
Capítulo 15
O exemplo de Cristo
1Nós,
os fortes, temos o dever de carregar com as fraquezas dos que são débeis e não
procurar aquilo que nos agrada. 2Procure cada um de nós agradar ao próximo no
bem, em ordem à construção da comunidade. 3Pois também Cristo não procurou o
que lhe agradava; ao contrário, como está escrito, os insultos daqueles que te
insultavam caíram sobre mim. 4E a verdade é que tudo o que foi escrito no
passado foi escrito para nossa instrução, a fim de que, pela paciência e pela
consolação que nos dão as Escrituras, tenhamos esperança.
5Que
o Deus da paciência e da consolação vos conceda toda a união nos mesmos
sentimentos, uns com os outros, segundo a vontade de Cristo Jesus, 6para que,
numa só voz, glorifiqueis a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Unidos no mesmo louvor
7Por
conseguinte, acolhei-vos uns aos outros, na medida em que também Cristo vos
acolheu, para glória de Deus. 8Efectivamente, digo que foi por causa da
fidelidade de Deus que Cristo se tornou servidor dos circuncisos, confirmando,
assim, as promessas feitas aos patriarcas; 9por sua vez, os gentios, dão glória
a Deus por causa da sua misericórdia, conforme está escrito:
Por isso te louvarei entre as nações e
cantarei em honra do teu nome.
10E
diz-se ainda:
Alegrai-vos, nações, juntamente com o seu
povo.
11E
ainda:
Nações, louvai todas o Senhor; que todos
os povos o exaltem.
12E
Isaías diz também:
Virá o rebento de Jessé, que se
levantará para governar as nações: é nele que as nações hão-de pôr a sua
esperança.
13Que
o Deus da esperança vos encha de toda a alegria e paz na fé, para que
transbordeis de esperança, pela força do Espírito Santo.
CONCLUSÃO (15,14-16,27)
Objectivo da Carta
14No
que vos toca, meus irmãos, estou pessoalmente convencido de que vós próprios
estais cheios de boa vontade, repletos de toda a espécie de conhecimento e com
capacidade para vos aconselhardes uns aos outros.
15Apesar
disso, escrevi-vos, em parte, com um certo atrevimento, como alguém que vos
reaviva a memória. Faço-o em virtude da graça que me foi dada: 16ser para os
gentios um ministro de Cristo Jesus, que administra o Evangelho de Deus como um
sacerdote, a fim de que a oferenda dos gentios, santificada pelo Espírito
Santo, lhe seja agradável.
17É,
pois, em Cristo Jesus que me posso gloriar de coisas que a Deus dizem respeito.
18Eu não me atreveria a falar de coisas que Cristo não tivesse realizado por
meu intermédio, em palavras e acções, a fim de levar os gentios à obediência,
19pela força de sinais e prodígios, pela força do Espírito de Deus.
Foi
assim que, desde Jerusalém e, irradiando até à Ilíria, dei plenamente a
conhecer o Evangelho de Cristo. 20Mas, ao fazê-lo, tive a maior preocupação em
não anunciar o Evangelho onde já era invocado o nome de Cristo, para não
edificar sobre fundamento alheio. 21Pelo contrário, fiz conforme está escrito:
Aqueles a quem ele não fora anunciado é
que hão-de ver e aqueles que dele não ouviram falar é que hão-de compreender.
Participação nos planos do Apóstolo
22Era
exactamente isso que me impedia muitas vezes de ir ter convosco. 23Mas agora,
como não tenho mais nenhum campo de acção nestas regiões, e há muitos anos que
ando com tão grande desejo de ir ter convosco, 24quando for de viagem para a
Espanha... Ao passar por aí, espero ver-vos e receber a vossa ajuda para ir até
lá, depois de primeiro ter gozado, ainda que por um pouco, da vossa companhia.
25Mas
agora vou de viagem para Jerusalém, em serviço a favor dos santos. 26É que a
Macedónia e a Acaia decidiram realizar um gesto de comunhão para com os pobres
que há entre os santos de Jerusalém. 27Decidiram e bem; por isso eles lhes são
devedores. Porque, se os gentios participaram dos seus bens espirituais, têm
também obrigação de os servir com os seus bens materiais.
28Portanto,
quando este assunto estiver resolvido, e lhes tiver entregue o produto desta
colecta devidamente selado, partirei para Espanha, passando por junto de vós.
29E sei que, ao ir ter convosco, irei com a plena bênção de Cristo.
30Exorto-vos,
irmãos, por Nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, a que luteis
comigo, pelas orações que fazeis a Deus por mim, 31para que escape dos
incrédulos da Judeia e para que este meu serviço a Jerusalém seja bem acolhido
pelos santos. 32E assim, será com alegria que, se Deus quiser, irei ter
convosco e repousar na vossa companhia. 33Que o Deus da paz esteja com todos
vós! Ámen.
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