DESTINATÁRIOS
Possivelmente, essas dúvidas eram
conhecidas dos cristãos de Roma. Também aí o cristianismo, levado talvez por
comerciantes vindos do Oriente, se iniciara nas sinagogas judaicas. Pelo menos
foi nelas que se gerou o conflito entre judeus e cristãos, que fez com que o
imperador Cláudio, no ano 49, os expulsasse da capital (Act 18,2). Os poucos
que ficaram tiveram que separar-se da sinagoga e assim sobreviver, o que era
difícil, uma vez que ainda não podiam contar com o apoio de uma estrutura
eclesial organizada.
Por este facto, não admira que muitos
deles se tenham apoiado em tradições e práticas judaicas para a santificação do
dia-a-dia, como as referentes a alimentos e à guarda do sábado. Paulo fala
disso nos cap. 14-15.
É que, entretanto, tinha crescido o número
dos que consideravam secundárias tais normas; e a minoria dos que as seguiam
era mesmo olhada com desprezo.
Além disso, segundo dá a entender no cap.
16, os cristãos estavam divididos por várias comunidades, reunidas em diferentes
casas, como aliás já acontecia com as sinagogas. Paulo dirige-se a todos na
mesma Carta e, com isso, já está a tentar levá-los à reconciliação e à unidade.
(cont)
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