Há alguns anos atrás,
(já não me lembro quantos), o meu Pároco da Marinha Grande convidou-me,
(daquela maneira que a gente não consegue dizer não), a frequentar com outras
pessoas, um evento que falava do Percurso Alpha, com vista a trazê-lo para a
Vigararia e Paróquia da Marinha Grande.
Confesso que fui muito céptico, (ai, as nossas certezas
de julgarmos que sabemos melhor), e sei que não era o único com tais
pensamentos.
Fomos, vimos, trouxemos para a Marinha Grande e …
começámos!
E também começou a surpresa, a admiração, a confirmação
gratificante, que me levou àquela frase cá dentro: Afinal isto funciona e
funciona bem!
Pois, não foi “amor à primeira vista”, mas foi amor à
segunda, à terceira e até hoje, comprovando mais uma vez para mim que, nas
coisas de Deus, é melhor primeiro ouvir, experimentar, entregando-se, e então
tudo pode acontecer, porque é Deus quem faz, servindo-se do homem.
Mas, claro, “burro velho não aprende”, e por isso ainda
hei-de muitas vezes fazer julgamentos à priori.
Mas ando a tratar-me, e como o meu “terapeuta” é o
Espírito Santo, estou convicto que, mais tarde ou mais cedo, fico curado!
Neste fim-de-semana, aconteceu a Conferência Nacional
Alpha na “minha” Paróquia da Marinha Grande, e eu, embora cansado, estou de
coração cheio.
Ver tanta gente que Deus tocou nos Percursos Alpha que já
fizemos, trabalhar com toda a dedicação, com todo o empenho, e sobretudo com
uma alegria visível e tocante, na organização desta Conferência, fez-me sentir
um homem de sorte, (não a sorte do homem, mas a sorte que Deus dá ao homem que
toca), e fez-me dizer intimamente e em oração: Obrigado, meu Deus, por me teres
chamado a fazer parte de tudo isto.
Houve algumas pessoas que disseram neste fim-de-semana,
(eu também o senti na minha vida), que quando regressaram a Deus e à Igreja
“perderam” amigos, e eu não pode deixar de pensar, que afinal não perdemos
amigos, mas conhecidos, e que Deus na sua bondade nos deu amigos em dobro, e
que com esses amigos novos em Deus, vamos construindo algo de extraordinário,
imperecível e santo, que é a Igreja.
Depois, ouvir da boca de quem trouxe o Alpha para
Portugal a afirmação de que o Alpha é enquanto Deus quiser, porque Ele suscita
sempre coisas novas na Igreja, («Eu renovo todas as coisas.» Ap 21, 5), é ter a
certeza de que fazemos a vontade de Deus, (que age de tantas e variadas
formas), e centrar o Alpha no que verdadeiramente é o centro – Deus – que quer
precisar de todos nós, seus filhos, para construir a Igreja, para que todos
encontremos caminho de salvação.
A Deus já me rendi há muito tempo, (embora precise de
continuamente me render a Ele), mas também, por Sua graça, me rendi ao Alpha,
por todas as razões que aqui não consigo descrever, mas apenas esta: Ver a
diferença que o Espírito Santo opera nas pessoas ao longo de um Percurso Alpha,
muito especialmente no fim-de-semana, e perceber nelas a paz, a serenidade, a
alegria de ter Deus, numa relação muito pessoal e íntima que depois extravasa,
obviamente, no testemunho cristão.
Tudo e sempre para a maior glória de Deus!
Joaquim Mexia Alves, Marinha Grande, 6 de Fevereiro de
2017
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