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Acabei o ano velho e comecei o
ano novo com uma forte constipação, coisa que normalmente deita qualquer homem
abaixo.
Fico sem ânimo, sem força, sem
vontade para nada, assim uma coisa do tipo, “deixem-me morrer”!!!
Para quem tem de quando em vez
pedras nos rins, é um pouco ridículo que uma constipação me consiga derrotar
mais do que as incríveis e insuportáveis dores que as “pedrinhas” provocam
quando decidem passear por sítios onde não deviam estar.
Mas enfim, nada disso é
importante quando penso que afinal a constipação também me ajuda a perceber a
minha fraqueza, a minha debilidade, pois que, afinal, sendo eu tão grande, (em
tamanho, apenas, claro), sou um fraco, um pequenino, um “desamparado”, quando
tenho uma vulgar constipação.
E, claro, lá vem a comparação
com as coisas que aconteceram e vão acontecendo na minha vida, algumas que
foram tão difíceis, mesmo tão difíceis e “desesperantes”, e perante elas não me
senti fraco, não me senti pequenino, não me senti desamparado, mas sim e ao
contrário com uma enorme vontade de lutar e continuar em frente.
É que o “Panasorbe”, o “Ben-u-ron”,
e restantes remédios, tiram a febre, tiram a dor, fazem até sentir melhor, mas
não nos fazem companhia, não nos mostram caminho, não nos dizem, “estou aqui”!
Deus tem essa enorme e total
diferença!
Pode permitir a dor, mas dá
ânimo para a suportar, pode fazer-nos sentir pequeninos, mas é apenas para nos
pegar ao colo, pode até permitir que quase nos desesperemos, mas tem sempre a
mão estendida para nos agarrar e retirar das águas que nos querem afogar, pode
permitir que nos sintamos sós, mas mal nos voltamos para Ele logo ouvimos: “Mas
Eu estou aqui, Eu sempre estive aqui, nunca te abandonei!”
Acabo de escrever este texto e
sinto-me renovado, contente, alegre mesmo, e quase me apetece dizer: Obrigado
Senhor, pela doença, que me faz procurar, encontrar e viver o melhor “remédio”
que existe!
O Teu Amor!!!
Convenhamos que, para começar
o ano novo, é um óptimo pensamento, que se torna realidade se assim o
desejarmos.
Marinha Grande, 3 de Janeiro
de 2017
Joaquim Mexia Alves
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