Mas o que realmente está na “base” da Doutrina Social
da Igreja?
Respondo:
De uma forma muito breve, diria
que “na base” está o amor.
Amor entre os homens de todas as
raças e origens independentemente da posição que ocupem na sociedade.
O amor tem diante
de si um vasto campo de trabalho e a Igreja, nesse campo, quer estar presente
também com a sua doutrina social, que diz respeito ao homem todo e se destina a
todos os homens.
Tantos irmãos
necessitados estão à espera de ajuda, tantos oprimidos esperam por justiça,
tantos desempregados à espera de trabalho, tantos povos esperam por respeito:
«Como é possível
que ainda haja, no nosso tempo, quem morra de fome, quem esteja condenado ao
analfabetismo, quem viva privado dos cuidados médicos mais elementares, quem
não tenha uma casa onde abrigar-se?
E o cenário da
pobreza poderá ampliar-se indefinidamente, se às antigas pobrezas
acrescentarmos as novas que frequentemente atingem mesmo os ambientes e
categorias dotadas de recursos económicos, mas sujeitos ao desespero da falta
de sentido, à tentação da droga, à solidão na velhice ou na doença, à
marginalização ou à discriminação social. [...]
E como ficar
indiferentes face às perspectivas de um desequilíbrio ecológico que torna
inabitáveis e hostis ao homem vastas áreas do planeta?
Ou em face dos
problemas da paz, frequentemente ameaçada com o íncubo de guerras
catastróficas?
Ou frente ao
vilipêndio dos direitos humanos fundamentais de tantas pessoas, especialmente
das crianças?» [i].
[1] Nota: Normalmente, estes “Diálogos
apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas
semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase
na íntegra.
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