Actos dos Apóstolos
I. A IGREJA DE JERUSALÉM [i]
Eleição de Matias
15Por aqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos
- encontravam-se reunidas cerca de cento e vinte pessoas - e disse:
16 «Irmãos, era necessário que se cumprisse o que o
Espírito Santo anunciou na Escritura pela boca de David a respeito de Judas,
que foi o guia dos que prenderam Jesus. 17Ele, efectivamente, era um dos nossos
e tinha recebido uma parte do nosso ministério. 18Esse homem, depois de ter
adquirido um terreno com o salário do seu crime, precipitou-se de cabeça para
baixo, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se espalharam. 19O facto
chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jerusalém, a tal ponto que
esse terreno foi chamado na língua deles ‘Haqueldamá’, que quer dizer Campo de
Sangue. 20Está realmente escrito no Livro dos Salmos:
‘Fique deserta a sua habitação e não haja quem nela
resida’.
E ainda: ‘Receba outro o seu encargo.’
21Portanto, de entre os homens que nos acompanharam
durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu no meio de nós, 22a partir do
baptismo de João até ao dia em que nos foi arrebatado para o Alto, é
indispensável que um deles se torne, connosco, testemunha da sua ressurreição.»
23Designaram dois: José, de apelido Barsabas, chamado
Justo, e Matias.
24Fizeram, então, a seguinte oração: «Senhor, Tu que conheces
o coração de todos, indica-nos qual destes dois escolheste 25para ocupar, no
ministério apostólico, o lugar abandonado por Judas, que foi para o lugar que
merecia.»
26Depois, tiraram à sorte, e a sorte caiu em Matias, que foi incluído
entre os onze Apóstolos.
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