Ao
longo deste Ano Jubilar da Misericórdia fui-me introduzindo em trechos de vários
Evangelistas que – no meu modo de ver – se coadunavam com o tema MISERICÓRDIA
de forma mais evidente.
Ao
terminar com esta última reflexão, não vou escolher nenhum trecho especial
porque, na verdade, todo o Evangelho reflecte de forma claríssima e iniludível
a Amabilíssima Misericórdia de Jesus Cristo nos Seus actos, nas parábolas com
que ilustrou a Sua doutrina, enfim… não temo afirmar que a Vida de Jesus na
terra é, toda ela, um acto de suprema, extraordinária misericórdia.
A
cada passo se encontram essas manifestações, desde logo pela Sua Encarnação como
um ser humano em tudo igual a nós – excepto no pecado – até ao Supremo
Sacrifício da Cruz, imolação completa e definitiva dessa mesma Misericórdia.
Custa-me,
por vezes, que nós homens – eu também – sejamos objecto de tal delicadeza e
interesse.
Com
palavras humanas – que não tenho outras – espanta-me que um Senhor Todo
Poderoso, Criador de quanto existe, Se desse a esse “trabalho” só para me salvar,
me “recuperar” para Si.
Quando,
na presença do Sacerdote, lhe revelo as minhas misérias e “o pouca coisa que
sou”, confesso, raramente consigo reter as lágrimas - não por “feitio” ou
excesso de emoção – mas exactamente porque quando o Confessor me manda em paz,
eu sinto essa paz indizível e extraordinária e – que o Senhor me “desconte” a
patetice – quase que me alegro por ser pecador, fraco e pusilânime para ser
objecto de tal manifestação de Misericórdia, perdão e alegria.
Sim,
chego a pensar que O Senhor se alegra com as minhas faltas porque Lhe dá o
ensejo de mas perdoar e, evidentemente, sinto o coração inundado de acções de
graças por ser objecto da Sua permanente protecção porque, estou perfeitamente
convicto, se pior não faço é porque Ele me protege e de alguma forma me impede
de ser ainda maior pecador… talvez sem remissão.
E,
de facto, considero que a maior demonstração da Misericórdia do Senhor para com
este pobre homem pecador é exactamente o conduzir-me aos pés do Sacerdote que,
em Seu Nome, me absolve e perdoa.
Que
este Ano Jubilar da Misericórdia ficará para sempre gravado no meu espírito,
não tenho qualquer dúvida, que os “degraus” que fui subindo para me aproximar
mais do Meu Senhor me levaram mais próximo do maior bem a que aspiro:
A
minha salvação eterna.
(ama,
reflexões no Ano Jubilar da Misericórdia, 2016.11.18)
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