Como é que a paciência pode – e deve – ser uma Obra de
Misericórdia?
Condiremos que haverá dois tipos de paciência, ou melhor,
dois “objectos” da paciência:
Primeiro: paciência para consigo mesmo, para as suas
falhas, incongruências, deslizes de carácter;
Segundo: paciência para com os outros.
É este que nos interessa ponderar.
Há pessoas que pelo seu modo de ser são, como costuma
dizer-se “difíceis de aturar” e tentamos fugir-lhes sempre que possível.
São maçadoras, quezilentas, falam sobre tudo e mais
alguma coisa – de escasso ou nenhum interesse – têm “tiques”, “manias”, enfim…
aborrecem-nos e o seu convívio é difícil.
Se pensarmos que todos agem como nós – fugir ao seu
contacto – naturalmente que ficarão isolados e, em vez de corrigir o seu
comportamento, mais o agravarão e não tarda em surgir o azedume que vem piorar
as coisas.
Fazer um esforço – se necessário – para estar com eles,
conversar o que for possível, tentando “desviar” a conversa para outros
assuntos mais importantes, levando-os a julgar-se úteis e prestáveis e que têm
sempre alguém disposto a ter tempo para eles.
Paciência para com os outros!
Uma belíssima obra de misericórdia!
ama,
reflexões, 20.10.2016
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