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À luz de Jesus entende-se a dor como fruto de amor e
presente de Deus.
Todos os santos, os grandes místicos nascidos do encontro
com Jesus, pedem a dor como participação do sofrimento.
A purificação é consequência do amor.
Deus purifica-nos porque nos ama, e existe em nós o
desejo de nos purificar para “vermos desde já a Deus”.
O concílio Vaticano II, na constituição Gaudium et Spes,
coloca em destaque como não é possível resolver os problemas existenciais, como
o sofrimento, sem Jesus.
“Na verdade, os desequilíbrios que atormentam o mundo
moderno se vinculam com aquele desequilíbrio mais fundamental radicado no
coração do homem. Com efeito, no próprio homem muitos elementos lutam entre si.
Enquanto, de uma parte, porque criatura, experimenta-se limitado de muitas
maneiras, por outra parte, porém, sente-se ilimitado nos seus desejos e chamado
a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, é ao mesmo tempo obrigado
a escolher entre elas renunciando a algumas. Pior ainda: enfermo e pecador, não
raro faz o que não quer, não fazendo o que desejaria. Em suma, sofre a divisão
em si mesmo, da qual se originam tantas e tamanhas discórdias na sociedade.
Certamente muitíssimos, cuja vida se impregnou de materialismo prático,
afastam-se da percepção clara deste estado dramático, ou, oprimidos pela
miséria, são impedidos de considerá-lo. Muitos pensam encontrar tranquilidade
nas diversas explicações do mundo que lhes são propostas. Outros porém esperam
uma verdadeira e plena libertação da humanidade somente pelo esforço humano.
Estão persuadidos de que o futuro reino do homem sobre a terra haverá de
satisfazer todos os desejos de seu coração. Não faltam os que, desesperados do
sentido da vida, louvam a audácia daqueles que, julgando a existência humana
desprovida de qualquer significado peculiar, esforçam-se por lhe atribuir toda significação
só do próprio engenho. Contudo, diante da evolução atual do mundo, cada dia são
mais numerosos os que formulam perguntas primordialmente fundamentais ou as
percebem com nova acuidade. O que é o homem? Qual é o significado da dor, do
mal, da morte que, apesar de tanto progresso conseguido, continuam a subsistir?
Para que aquelas vitórias adquiridas a tanto custo? O que pode o homem trazer
para a sociedade e dela esperar? O que se seguirá depois desta vida terrestre?”
[i].
James Stevens
COMUNIDADE SHALOM 13 DE OUTUBRO
DE 2016
Ross Gordon Henry
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