Pode ser um tema recorrente mas peço-te que me fales
sobre o amor porque, na verdade, me parece um pouco complicado.
Respondo:
O
amor é simples?
Não!
O
amor não pode nunca ser simples porque congrega em si um tal conjunto de
emoções, qualidades e defeitos, virtudes e malformações, sentimentos
muitas vezes contraditórios, ilusão misturada com a realidade, imprevistos e
certezas.
O
amor, enfim, é algo belo e maravilhoso que só a criatura humana é capaz
de sentir.
A
imagem de Deus na criatura é, exactamente, o amor porque Deus é o próprio e
definitivo Amor.
Assim,
quando ama, o homem assemelha-se mais a Deus, como que participando nessa
grande aventura divina do amor aos homens.
Por
isso mesmo, o amor só e possível com o concurso divino e tal obriga a como que
um amor duplo e à ausência absoluta de um terceiro amor.
Os
dois primeiros são o amor a Deus e o amor ao próximo que não podem existir, em
separado.
O
terceiro é o amor-próprio cuja ausência é imprescindível para que os outros
dois possam existir.
Muita
gente não tem uma ideia correcta do amor.
Vêm
o sentimento, a vibração, o entusiasmo nos outros, mas não sentem o mesmo e
isso coloca-os do lado oposto do verdadeiro amor.
Porquê?
Porque
só existe amor se houver reciprocidade.
O
amor é sempre doação, entrega, partilha.
[1] Nota: Normalmente, estes “Diálogos
apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas
semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase
na íntegra.
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