Nestes tempos conturbados por vezes é difícil manter a
serenidade no matrimónio.
Que me dizes sobre esta realidade que provoca, por
vezes, desastrosos desfechos.
Respondo:
Talvez que uma das situações da
vida humana onde a serenidade se
mostre mais necessária seja no
matrimónio.
Os cônjuges têm, quase sempre,
maneiras de ser diferentes e, consequentemente, as formas de encarar os factos
e incidentes da vida comum podem não coincidir.
Daqui que seja frequente a
discussão mais ou menos acesa, sobre o assunto em causa.
A ausência de serenidade, em pelo
menos um dos cônjuges, pode levar a algum extremismo de posições, transformando
o que começara por ser uma discussão normal entre dois adultos que se amam,
numa altercação viva e ruidosa em que se vai perdendo o controlo das palavras e
das emoções, continuando na sublimação dos defeitos de cada um como se
estivessem a discutir duas pessoas que se odeiam.
O final é sempre um mal-estar
entre o casal em que nenhum dos dois
quer ceder nos seus pontos de
vista, surgindo um mau humor mais ou
menos perdurável menos que aquele
que estiver mais sereno diga uma palavra que contenha o mau humor até mais
tarde. [i]
[1] Nota: Normalmente, estes “Diálogos
apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas
semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase
na íntegra.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.