Quero, hoje, falar de
amizade e, isto, principalmente, porque – desculpem-me a falácia - posso
considerar-me um “perito” na matéria.
Tenho muitos amigos – toda
agente tem, ou pensa que tem – e talvez fosse difícil escrever sem generalizar
porque recebo inúmeras demonstrações, pequenas e não tão pequenas de pessoas
que se interessam pela minha pessoa, o meu bem-estar, a minha vida diária.
Mas, verifico, que não é
porque me basta individualizar:
Tenho um amigo que se
chama Diogo.
Tem mais ou menos a minha
idade, tem os problemas recorrentes da idade – a sua e a da sua mulher -, a
família, etc.
Problemas e, também, -
sei-o - alegrias e paz e satisfação interiores.
Pois o Diogo parece que
tem pouco que fazer, ou melhor, lhe sobra muito tempo para me telefonar quase
todos os dias.
Pequenas conversas, dois
ou três minutos:
‘como estás? - que se
passa hoje? - que aconteceu ontem? – e… amanhã… que vais fazer?’
O Diogo é um bisbilhoteiro
que pretende controlar a minha vida?
Não!
O Diogo é um amigo que
deseja ajudar-me a viver a minha vida.
Não me dá conselhos,
alvitres ou sugestões.
Limita-se a dizer-me que
VIVA, QUE VÁ EM FRENTE, QUE NÃO DEIXE QUE AS MEMÓRIAS ME CONDICIONEM!
É isto que o Diogo faz.
Porquê?
Porque é meu amigo!
Como “compensar” o Diogo,
penso eu por vezes?
Não me ocorre outra coisa
que:
Rezar por ele e pela sua
família e que o Senhor lhe retribua como sempre faz:
“Com uma medida cheia, bem calcada a abarrotar” [1].
Não por meu merecimento…
que não tenho, mas pelo dele que o tem em demasia.
(ama,
reflexões, Vila Moura, 15.09.2016)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.