Tempo Comum
São Bernardo – Doutor da Igreja [i]
Evangelho:
Mt 23, 1-12
1 Então, Jesus falou às multidões e aos Seus
discípulos, 2 dizendo: «Sobre a cadeira de Moisés sentaram-se os
escribas e os fariseus. 3 Observai, pois, e fazei tudo o que eles
vos disserem, mas não imiteis as suas acções, porque dizem e não fazem.4
Atam cargas pesadas e impossíveis de levar, e as põem sobre os ombros dos
outros homens, mas nem com um dedo as querem mover. 5 Fazem todas as
suas obras para serem vistos pelos homens. Trazem mais largas as filactérias, e
mais compridas as franjas dos seus mantos. 6 Gostam de ter os
primeiros lugares nos banquetes, e as primeiras cadeiras nas sinagogas , 7
das saudações na praça, e de serem chamados rabi pelos homens. 8 Mas
vós não vos façais chamar rabis, porque um só é o vosso Mestre, e vós sois
todos irmãos. 9 A ninguém chameis pai sobre a terra, porque um só é
o vosso Pai, O que está nos céus. 10 Nem façais que vos chamem
mestres, porque um só é o vosso Mestre, Cristo. 11 Quem entre vós
for o maior, seja vosso servo. 12 Aquele que se exaltar será
humilhado, e quem se humilhar será exaltado.
Comentário:
O tema principal deste
trecho de São Mateus é o “serviço”.
Não parece desajustado
porque quem o propõe é o “Servidor” por excelência: o próprio Jesus Cristo.
Parecerá a alguns que servir
não é “próprio” de criaturas livres e senhoras de si mas antes, de outros que
não têm outra capacidade senão obedecer.
Ponho as coisas de outro
modo – talvez simplista – que me parece resolver de vez a questão:
Prefiro servir a minha
pessoa, a minha vontade, os meus desejos e ambições ou servir a Deus Nosso
Senhor?
A primeira opção é arriscada
porque sou um simples homem limitado e em permanente evolução;
A segunda é seguríssima
porque só pode ser para bem, porque Deus É, não evolui, não muda, sabe
absolutamente tudo o que melhor convêm.
(ama, comentário sobre Mt 23
1-12, 2016.02.23)
[i]
Nota Histórica
Nasceu no ano 1090 perto de Dijon (França) e
recebeu uma piedosa educação. Admitido, no ano 1111, entre os Monges
Cistercienses, foi eleito, pouco tempo depois, abade do mosteiro de Claraval.
Com a sua actividade e exemplo exerceu uma notável influência na formação
espiritual dos seus irmãos religiosos. Por causa dos cismas que ameaçavam a
Igreja, percorreu a Europa para restabelecer a paz e a unidade. Escreveu muitas
obras de teologia e ascética. Morreu em 1153.
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