Dignidade humana
Sabemos que num mundo onde só têm visibilidade os bem-apresentados, os corpos atléticos e estéticos, se torna difícil aceitar como parte da vida social um corpo desfeito pela doença e martirizado pela dor.
Na
perspectiva cristã, o sofrimento, a doença e a morte são partes da vida e têm
de ser integradas no projecto pessoal de vida. Também por isso, a humanização
do morrer deve incluir um respeito profundo pela pessoa doente e um cuidado
dedicado das suas necessidades. Um morrer humano e digno exige todas as
condições de um acompanhamento global da pessoa que tenha em consideração todos
os aspectos da vida humana.
Uma vida humana nunca
perde sentido nem dignidade. Também o envelhecer e o morrer se integram no
sentido da vida humana e reflectem a dignidade humana da pessoa. “O amor para
com o próximo […] torna capaz de reconhecer a dignidade de cada pessoa, mesmo
quando a doença veio pesar sobre a sua existência.
O sofrimento, a idade
avançada, o estado de inconsciência, a iminência da morte não diminuem a
dignidade intrínseca da pessoa, criada à imagem de Deus”.
(Nota pastoral da CEP, Cuidar da vida
até à morte: Contributo para a reflexão ética sobre o morrer, 5, e)
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