Leitura Espiritual |
CARTA ENCÍCLICA
HAURIETIS AQUAS
DO
SUMO PONTÍFICE PAPA PIO XII
AOS
VENERÁVEIS IRMÃOS PATRIARCAS, PRIMAZES,
ARCEBISPOS
E BISPOS E OUTROS ORDINÁRIOS DO LUGAR
EM
PAZ E COMUNHÃO COM A SÉ APOSTÓLICA
SOBRE
O CULTO DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
III
PARTICIPAÇÃO ACTIVA E PROFUNDA QUE TEVE
O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS NA MISSÃO SALVADORA DO
REDENTOR
1)
O Sagrado Coração de Jesus, símbolo de amor perfeito: sensível, espiritual,
humano e divino, durante a vida terrena do Salvador
29.
Agora, veneráveis irmãos, para que destas piedosas considerações possamos tirar
abundantes e salutares frutos, bom é meditarmos e contemplarmos brevemente os
múltiplos afectos humanos e divinos do nosso Salvador Jesus Cristo, dos quais;
durante o curso da sua vida mortal, o seu Coração participou e continua agora
participando e não deixará de participar por toda a eternidade.
Nas
páginas do Evangelho é onde principalmente encontraremos a luz pela qual
iluminados e fortalecidos poderemos penetrar no segredo deste Divino Coração, e
admirar com o Apóstolo das gentes "as abundantes riquezas da graça (de
Deus) na bondade usada connosco por amor de Jesus Cristo" [i].
30.
O adorável Coração de Jesus Cristo pulsa de amor ao mesmo tempo humano e divino
desde que a virgem Maria pronunciou aquela palavra magnânima: "Fiat",
e o Verbo de Deus, como nota o Apóstolo, "ao entrar no mundo disse:
Não
quiseste sacrifício nem oferenda, mas me apropriaste um corpo; holocaustos pelo
pecado não te agradaram. Então disse: Eis que venho: segundo está escrito de
mim no princípio do livro, para cumprir, ó Deus, a tua vontade... Por esta
vontade, pois, somos santificados pela oblação do corpo de Cristo feita uma só
vez" [ii].
De
maneira semelhante palpitava de amor o seu Coração, em perfeita harmonia com os
afectos da sua vontade humana e com o seu amor divino, quando, na casa de
Nazaré, ele mantinha aqueles celestiais colóquios com sua dulcíssima Mãe e com
seu pai putativo, S. José, a quem obedecia e com quem colaborava no fatigante
ofício de carpinteiro.
Esse
mesmo tríplice amor movia o seu Coração nas suas contínuas excursões
apostólicas, quando realizava aqueles inúmeros milagres, quando ressuscitava os
mortos ou restituía a saúde a toda sorte de enfermos, quando sofria aqueles
trabalhos, suportava o suor, a fome e a sede; nas vigílias noturnas passadas em
oração a seu Pai amado; e, finalmente, nos discursos que pronunciava e nas
parábolas que propunha, especialmente naquelas que tratam da misericórdia, como
a da dracma perdida, a da ovelha desgarrada e a do filho pródigo.
Nessas
palavras e nessas obras, como diz Gregório Magno, manifesta-se o próprio Coração
de Deus.
"Conhece
o Coração de Deus nas palavras de Deus, para que com mais ardor suspires pelas
coisas eternas". [iii]
31.
De amor ainda maior pulsava o Coração de Jesus Cristo quando da sua boca saíam
palavras que inspiravam amor ardente.
Assim,
para dar algum exemplo, quando, ao ver as turbas cansadas e famintas, ele
disse:
"Tenho
compaixão desta multidão" [iv],
e quando, ao avistar Jerusalém, a sua cidade predileta, destinada a uma ruína
fatal por causa da sua obstinação no pecado, exclamou: "Jerusalém,
Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te São enviados: quantas
vezes eu quis recolher teus filhos, como a galinha recolhe debaixo das asas os
seus pintinhos, e não o quiseste!" [v].
O
seu Coração também palpitou de amor para com seu Pai, e de santa indignação,
quando ele viu o comércio sacrílego que se fazia no templo, e verberou os
violadores com estas palavras:
"Escrito
está: minha casa será chamada casa de oração; mas vós fizestes dela uma
espelunca de ladrões" [vi].
32.
Pois o seu Coração bateu particularmente de amor e de pavor quando ele viu
iminente a hora dos seus cruéis padecimentos, e quando experimentando uma
repugnância natural às dores e à morte, exclamou:
"Meu
Pai, se é possível, passe de mim este cálice" [vii];
palpitou com amor invicto e com suma amargura quando, ao receber o beijo do
traidor, dirigiu-lhe aquelas palavras que parecem o convite último do seu
coração misericordioso ao amigo que com ânimo ímpio, infiel e obstinado, devia
entregá-lo aos seus algozes:
"Amigo,
a que vieste? Com um beijo entregas o Filho do homem?" [viii];
palpitou de compaixão e de amor íntimo quando disse às piedosas mulheres que
choravam a sua imerecida condenação ao suplício da cruz: "Filhas de
Jerusalém, não choreis por mim; chorai por vós mesmas e por vossos filhos...,
pois, se assim tratam a árvore verde, que se não fará à seca?" [ix].
33.
Finalmente, quando o divino Redentor pendia da cruz, sentiu o seu Coração arder
dos mais vários e veementes afectos, isto é, de afectos de amor ardente, de
consternação, de misericórdia, de desejo inflamado, de paz serena; afectos
claramente manifestados naquelas palavras:
"Pai,
perdoa-lhes; porque eles não sabem o que fazem" [x];
"Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?" [xi];
"Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" [xii];
"Tenho sede" [xiii];
"Pai, nas tuas mãos entrego meu espírito" [xiv].
2)
A eucaristia, a Santíssima Virgem e o sacerdócio são dons do Coração amado de
Jesus
34.
Quem poderá descrever dignamente as pulsações do Coração divino, índices do seu
infinito amor, naqueles momentos em que ele deu aos homens os seus mais
apreciados dons, isto é, a si mesmo no sacramento da eucaristia, sua mãe
santíssima, e a participação no ofício sacerdotal?
35.
Ainda antes de celebrar a última ceia comos seus discípulos, ao pensar em que
ia instituir o sacramento do seu corpo e do seu sangue, com cuja efusão devia
confirmar-se a nova aliança, sentiu o seu Coração agitado de intensa emoção,
que ele manifestou aos seus apóstolos com estas palavras:
"Ardentemente
desejei comer convosco este cordeiro pascal antes da minha paixão" [xv];
emoção que, sem dúvida, foi ainda mais veemente quando ele "tomou o pão,
deu graças, partiu-o e deu-o a eles, dizendo: 'Isto é meu corpo, que se dá por
vós; fazei isto em memória de mim'. Do mesmo modo tomou o cálice, depois de
haver ceado, dizendo: 'Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que por vós
será derramado'"[xvi].
36.
Com razão, pois, pode afirmar-se que a divina eucaristia, como sacramento que
ele dá aos homens e como sacrifício que ele mesmo continuamente imola "desde
o nascente até o poente" [xvii],
e também o sacerdócio, são, sem dúvida, dons do Sagrado Coração de Jesus.
37.
Dom igualmente precioso do mesmo Sagrado Coração é, como indicávamos, a
santíssima Virgem, Mãe excelsa de Deus e Mãe amadíssima de todos nós, era justo
que o género humano tivesse por mãe espiritual aquela que foi mãe natural do
nosso Redentor, a ele associada na obra de regeneração dos filhos de Eva para a
vida da graça.
A
propósito disso, escreve a respeito dela Santo Agostinho:
"Evidentemente
ela é mãe dos membros do Salvador, que somos nós, porque com a sua caridade
cooperou para que nascessem na Igreja os fiéis, que são membros daquela
cabeça". [xviii]
38.
Ao dom incruento de si mesmo sob as espécies do pão e do vinho, Jesus Cristo
nosso Salvador quis unir, como testemunho da sua caridade íntima e infinita, o
sacrifício cruento da cruz.
Fazendo
isso, deu exemplo daquela sublime caridade que com as seguintes palavras ele
mostrara aos seus discípulos como meta suprema de amor:
"Ninguém
tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos" [xix].
Pelo
que o amor de Jesus Cristo, Filho de Deus, revela no sacrifício do Gólgota, de
modo o mais eloquente, o amor do próprio Deus:
"Nisto
conhecemos a caridade de Deus: em haver ele dado sua vida por nós; e assim nós
devemos dar a nossa vida por nossos irmãos" [xx].
Certamente,
o divino Redentor foi crucificado mais pela força do amor do que pela violência
dos algozes, e o seu holocausto voluntário é dom supremo feito a cada um dos
homens, segundo a incisiva expressão do Apóstolo:
"Amou-me
e entregou-se por mim" [xxi].
3)
Também a Igreja e os sacramentos são dons do Sagrado Coração de Jesus
39.
Não se pode, pois, duvidar de que, participando intimamente da vida do Verbo
encarnado, e pelo mesmo motivo sendo, não menos do que os demais membros da sua
natureza humana, como que instrumento conjunto da Divindade na realização das
obras da graça e da onipotência divina, [xxii]
o Sagrado Coração de Jesus é também símbolo legítimo daquela imensa caridade
que moveu o nosso Salvador a celebrar, com o derramamento do seu sangue, o seu
místico matrimónio com a Igreja:
"Sofreu
a paixão por amor à Igreja que ele devia unir a si como esposa".[xxiii]
Portanto,
do Coração ferido do Redentor nasceu a Igreja, verdadeira administradora do
sangue da redenção, e do mesmo Coração flui abundantemente a graça dos
sacramentos, na qual os filhos da Igreja bebem a vida sobrenatural, como lemos
na sagrada liturgia:
"Do
coração aberto nasce a Igreja desposada com Cristo... Tu, que do coração fazes
manar a graça".[xxiv]
A
respeito desse símbolo, que nem mesmo dos antigos Padres, escritores e
eclesiásticos foi desconhecido, o Doutor comum, fazendo-se eco deles, assim
escreve:
"Do
lado de Cristo brotou água para lavar e sangue para redimir. Por isso, o sangue
é próprio do sacramento da eucaristia; a água, do sacramento do batismo, o
qual, entretanto, tem força para lavar em virtude do sangue de Cristo".[xxv]
O
que aqui se afirma do lado de Cristo, ferido e aberto pelo soldado, cumpre
aplicá-lo ao seu Coração, ao qual, sem dúvida, chegou a lançada desfechada pelo
soldado precisamente para que constasse de maneira certa a morte de Jesus
Cristo.
Por
isso, durante o curso dos séculos, a ferida do Coração Sacratíssimo de Jesus,
morto já para esta vida mortal, tem sido a imagem viva daquele amor espontâneo
com que Deus entregou seu Unigénito pela redenção dos homens, e com o qual
Cristo nos amou a todos tão ardentemente que a si mesmo se imolou como hóstia
cruenta no Calvário:
"Cristo
amou-nos e ofereceu-se a Deus em oblação e hóstia de odor suavíssimo" [xxvi].
4)
O Sagrado Coração de Jesus, símbolo do seu tríplice amor a humanidade na vida
gloriosa do céu
40.
Depois que o nosso Salvador subiu ao céu com o seu corpo glorificado, e se
sentou à direita de Deus Pai, não tem cessado de amar a sua esposa, a Igreja,
com aquele amor inflamado que palpita no seu Coração.
Traz
nas mãos, nos pés e no lado os esplendentes sinais das suas feridas, troféus da
sua tríplice vitória: contra o demônio, contra o pecado e contra a morte.
E
traz no seu Coração, como em preciosa arca aqueles imensos tesouros de méritos,
frutos dessa tríplice vitória, os quais ele com largueza distribui ao género
humano.
É
essa uma verdade consoladora, ensinada pelo Apóstolo das gentes quando escreve:
"Ao
subir para o alto, levou consigo cativa uma grande multidão de cativos e
derramou seus dons sobre os homens... Aquele que desceu, esse mesmo foi o que
ascendeu sobre todos os céus, para dar cumprimento a todas as coisas" [xxvii].
5)
Os dons do Espírito Santo também são dons do Coração Adorável de Jesus
41.
A missão do Espírito Santo junto aos discípulos é o primeiro e esplêndido sinal
do seu amor munificente, depois da sua subida triunfal à direita do Pai.
Aos
dez dias, o Espírito Paráclito, dado pelo Pai celestial, baixou sobre eles,
reunidos no cenáculo, segundo a promessa que ele lhes fizera na última ceia:
"Rogarei
ao Pai, e ele vos dará outro Consolador para estar convosco eternamente" [xxviii].
O
qual Espírito Paráclito, sendo, como é, o amor mútuo pessoal com que o Pai ama
o Filho e o Filho ama o Pai, por ambos é enviado, e, sob forma de línguas de
fogo, infunde na alma dos discípulos a abundância da caridade divina e dos
demais carismas celestes.
Esta
infusão da caridade divina brotou também do Coração do nosso Salvador, "no
qual estão encerrados todos os tesouros da sabedoria e da ciência" [xxix].
Essa
caridade é, portanto, dom do Coração de Jesus e do seu Espírito. A esse comum
Espírito do Pai e do Filho deve-se o nascimento e a propagação admirável da
Igreja no meio de todos os povos pagãos, contaminados pela idolatria, pelo ódio
fraterno, pela corrupção de costumes e pela violência.
Foi
essa divina caridade, dom preciosíssimo do Coração de Cristo e do seu Espírito,
que deu aos apóstolos e aos mártires aquela fortaleza com que eles lutaram até
uma morte heróica, para pregarem a verdade evangélica e testemunhá-la com o seu
sangue; foi ela que deu aos doutores da Igreja aquele zelo intenso por ilustrar
e defender a fé católica; foi ela que alimentou as virtudes nos confessores e
os excitou a levarem a cabo obras admiráveis e úteis, para a própria
santificação, para a salvação eterna e temporal do próximo; e, finalmente, foi
ela que persuadiu as virgens a espontânea e alegremente renunciarem aos gozos
dos sentidos e se consagrarem inteiramente ao amor do esposo celeste.
A
essa divina caridade, que transborda do Coração do Verbo Encarnado e por obra
do Espírito Santo se difunde nas almas de todos os crentes, o Apóstolo das
gentes entoou aquele hino de vitória que exalta a um tempo o triunfo de Jesus
Cristo cabeça e o triunfo dos membros do seu corpo místico, sobre todos quantos
de algum modo obstam ao estabelecimento do reino divino de amor entre os
homens:
"Quem
poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação? Ou a angústia? Ou a fome?
Ou a nudez? Ou o risco? Ou a perseguição? Ou o cutelo?... Por meio de todas
essas coisas triunfamos por virtude daquele que nos amou. Pelo qual estou
seguro de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as
virtudes, nem o presente, nem o futuro, nem a força, nem o que há de mais alto,
nem de mais profundo, nem outra criatura, poderá jamais separar-nos do amor de
Deus que se funda em Jesus Cristo nosso Senhor" [xxx].
6)
O culto ao Coração Sacratíssimo de Jesus é o culto da pessoa do Verbo encarnado
42.
Nada, portanto, proíbe que adoremos o Coração Sacratíssimo de Jesus Cristo,
enquanto é participante, símbolo natural e sumamente expressivo daquele amor
inexaurível em que ainda hoje o divino Redentor arde para com os homens.
Mesmo
quando já não está submetido às perturbações desta vida mortal, ainda então ele
vive, palpita, e está unido de modo indissolúvel com a pessoa do Verbo divino,
e, nela e por ela, com a sua divina vontade.
Superabundando
o Coração do Cristo de amor divino e humano, e sendo imensamente rico com os
tesouros de todas as graças que o nosso Redentor adquiriu com sua vida, seus
padecimentos e sua morte, ele é, sem dúvida, uma fonte perene daquela caridade
que o seu Espírito infunde em todos os membros do seu corpo místico.
43.
Assim, pois, o Coração do nosso Salvador reflecte de certo modo a imagem da
divina pessoa do Verbo, e, igualmente, das suas duas naturezas: humana e
divina; e nele podemos considerar não só um símbolo, mas também como que um
compêndio de todo o mistério da nossa redenção.
Quando
adoramos o Coração de Jesus Cristo, nele e por ele adoramos tanto o amor
incriado do Verbo divino como seu amor humano e os seus demais afectos e
virtudes, já que um e outro amor moveu o nosso Redentor a imolar-se por nós e
por toda a Igreja, sua esposa, segundo a sentença do Apóstolo:
"Cristo
amou a sua Igreja e sacrificou-se por ela para santificá-la, lavando-a no baptismo
de água com a palavra de vida, a fim de fazê-la comparecer perante si cheia de
glória, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e imaculada"
[xxxi].
44.
Assim como amou a Igreja, Cristo continua amando-a intensamente, com aquele
tríplice amor de que falamos [xxxii];
e esse amor é que o impele a fazer-se nosso advogado para nos obter do Pai
graça e misericórdia, "estando sempre vivo para interceder por nós" [xxxiii].
As
preces que brotam do seu inesgotável amor, dirigidas ao Pai, não sofrem
interrupção alguma.
Como
nos dias da sua carne" [xxxiv],
também agora, que está triunfante no céu, ele suplica o Pai com não menor
eficácia; e aquele que "amou tanto o mundo que deu seu Filho unigénito, a
fim de que todos os que nele crêem não pereçam, mas vivam vida eterna" [xxxv].
Ele
mostra o seu Coração vivo e como ferido e inflamado de um amor mais ardente do
que quando, já exânime, o feriu a lança do soldado romano:
"Por
isto foi ferido (o teu coração), para que pela ferida visível víssemos a ferida
invisível do amor". [xxxvi]
45.
Por conseguinte, não pode haver dúvida alguma de que, ante as súplicas de tão
grande advogado, e feitas com tão veemente amor, o Pai celestial, "que não
perdoou seu próprio filho, mas o entregou por todos nós" [xxxvii],
por meio dele derramará incessantemente sobre todos os homens a abundância das
suas graças divinas.
(Revisão
da versão portuguesa por ama)
[i] Ef 2, 7
[ii] Hb 10, 5-7.10
[iii] Registr. epist., lib.
IV, ep. 31 ad Theodorum medicum: PL 77, 706.
[iv] Mc 8, 2
[v] Mt 23, 37
[vi] Mt 21, 13
[vii] Mt 26, 39
[viii] Mt 26, 50; Lc 22, 48
[ix] Lc 23, 28. 31
[x] Lc 23, 34
[xi] Mt 27, 46
[xii] Lc 23, 43
[xiii] Jo 19, 28
[xiv] Lc 23, 46
[xv] Lc 22, 15
[xvi] Lc 22, 19-20
[xvii] Mt 1, 11
[xviii] De sancta
virginitate, VI; PL 40, 399.
[xix] Jo 15, 13
[xx] 1 Jo 3, 16
[xxi] Gl 2, 20
[xxii] Cf. S. Tomás, Summa
theol., III, q.19, a. l; ed. Leon., t. XI,1903, p. 329.
[xxiii] Summa theol., Suppl.,
q. 42, a. l até 3; ed. Leon., t. XII,1906, p. 81.
[xxiv] Hino das Vésp. da
festa do Sagrado Coração de Jesus.
[xxv] Summa theol, III, q.
66, a. 3, ed. Leon., t. XII,1906, p. 65.
[xxvi] Ef 5, 2
[xxvii] Ef 4, 8.10
[xxviii] Jo 14, 16
[xxix] Cl 2, 3
[xxx] Rm 8, 35.37-39
[xxxi] Ef 5, 25-27
[xxxii] cf. 1 Jo 2, 1
[xxxiii] Hb 7, 25
[xxxiv] Hb 5, 7
[xxxv] Jo 3, 16
[xxxvi] S. Boaventura, Opusc.
X: Vitis mystica, c. III, n. 5: Opera Omnia, Ad Claras Aquas (Quaracchi), 1898,
t. VIII, p. 164; cf, S. Tomás, Summa theol., III, q. 54, a. 4; ed. Leon., t.
XI,1903, p. 513.
[xxxvii] Rm 8, 32
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