14/05/2016

PENTECOSTES

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Desde que, por graça de Deus, O reencontrei e reencontrei a Igreja, a maior revelação que ocorreu na minha fé cristã, (se assim posso dizer), foi a percepção, o sentir, o viver, a realidade da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo.

Quando era “menino e moço”, o Espírito Santo era o “ilustre desconhecido”, e constato ainda hoje, que apesar de algumas diferenças ocorridas no e pelo Concílio Vaticano II, o Espírito Santo continua, na maior parte dos fiéis, a ser um “desconhecido”, tanto naquilo que Ele é, como naquilo que Ele faz.

E é frequente, (demasiado frequente), quando falo sobre o Espírito Santo, ou ouço falar sobre o Espírito Santo, reparar que muitos cristãos que ouvem, ficam admirados, ou no mínimo surpresos, e chegam mesmo a dizer posteriormente, que nunca tinham ouvido falar assim do Espírito Santo e sobretudo, da acção do Espírito Santo na vida dos que acreditam e até mesmo dos que não acreditam.

Permitam-me que afirme mais uma vez, que o Espírito Santo foi e é a maior revelação do meu reencontro com Deus e com a Igreja, passados mais de 20 anos de afastamento da fé.

É que a revelação do Espírito Santo na minha vida, levou-me ao encontro pessoal com Jesus Cristo, um encontro permanente, não só na Eucaristia, mas realmente em cada momento da minha vida, levou-me ao conhecimento e ao sentir profundo do amor do Pai, fazendo-me perceber que o Seu amor e o Seu perdão são sempre maiores que o meu pecado, e, fez-me até descobrir o amor da Mãe do Céu e a sua intercessão poderosa e constante junto de Seu Filho.

Por isso, hoje, dia de Pentecostes, quero fechar-me com Maria e os Apóstolos naquela sala, pedindo incessantemente o Espírito Santo, na certeza profunda que tenho, pela graça de Deus, que Ele será derramado em nós e em mim, e abrirá todas as portas e janelas, derrubará barreiras, incertezas e dúvidas, e levar-nos-á, levar-me-á, a “sair para fora”, a dar testemunho do infinito amor de Deus, a falar novas línguas, incompreensíveis para mim, mas que podem tocar os corações dos outros, a sentir-me “embriagado” pelo poder de Deus, ou melhor, a sentir-me inebriado pela presença real e viva de Deus no meio de nós e em mim..

Por isso quero clamar sem cessar: Vem Espírito Santo! Vem Espírito Santo! Vem Espírito Santo!


Marinha Grande, 14 de Maio de 2016
Joaquim Mexia Alves
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