Ainda que a vida do homem se pareça, em muitos aspectos, com a vida animal, é evidente que apresenta diferenças profundíssimas. A sua conduta não obedece sempre a um estímulo externo, como afirmam, por exemplo, alguns psicólogos conductistas. Isto sucede nos animais, mas não no homem que pode pensar e querer livremente: quer dizer, que tem uma actividade interior que transcende o ambiente que o rodeia e com a qual adquire consciência do seu próprio eu.
Esta actividade interior, deve-se a que o homem não é só matéria dotada de vida - como pretende o materialismo mas a possuir uma alma espiritual que, certamente, não se pode ver, porque é invisível, mas que existe realmente e informa todo o corpo. Nela residem a inteligência e a vontade.
Por ser espiritual, a alma humana, não pode dividir-se nem corromper-se: é imortal. Pelo contrário, o corpo, por ser material, pode corromper-se e deixar de ser um corpo humano. Quando isto sucede, sobrevém a morte, que é a separação da alma do corpo, mas não morre todo o homem, pois a alma continua vivendo, separada temporalmente do corpo. Esta verdade fundamental sobre o homem - a imortalidade da sua alma - é-nos revelada pela fé, e, de alguma maneira, é intuída por muitos homens, que experimentam no mais fundo do seu ser, a aspiração de viver sempre, de uma vida eterna.
De qualquer modo, o corpo é também parte essencial do homem, contrariamente ao que afirmarão certos espiritualismos.
Na vida presente, a alma entende e quer sempre em união com o corpo, porque ambos, enquanto estão unidos, formam uma única substância, concretamente, para exercitar o entendimento espiritual, a alma utiliza os sentidos, o cérebro, etc.
(g. humber, O Meu Anjo Caminhará à Tua Frente, nr. 43)
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