14/04/2016

Reflectindo - 172

Faço o bem que quero?

A pergunta completa será:
Faço o bem que desejo ou pratico o mal que não quero?

Velha de dois mil anos - veja-se São Paulo – [1] esta questão torna-se uma constante nas almas que procuram a perfeição, a santidade.

Leva-nos a considerar, sobretudo, as faltas de omissão que frequentemente nos esquecemos de confessar.
E também, evidentemente, na nossa condição humana frágil e volúvel que nos leva por caminhos que não queremos e nos afasta de outros que deveríamos escolher.

A vontade própria só o é verdadeiramente quando é livre de quaisquer amarras ou preconceitos, quando a exercemos com plena consciência e conhecimento.


Um acto da vontade não é nunca uma experiência mas uma certeza.


A "máxima" poderia ser: "se não sabemos não fazemos, se não conhecemos não desejamos".

Existe ainda um perigo que surge  com mais frequência e que é fazer mal com a convicção que estamos a praticar o bem.

O exemplo mais conhecido, talvez, seja o que de passou na morte de  Cristo quando Ele pede ao Pai perdão para eles porque «não sabem o que fazem» [2], como se dissesse que pensariam estar a fazer algo bom.

Mais tarde - mais de dois mil anos passados - a Igreja reconhece o mesmo e o Santo que era o seu chefe na altura - João Paulo II - chega a pedir perdão ao povo judeu por séculos a serem considerados como criminosos.

(cont)



[1] Cfr. Ro 7, 15 - «não faço o bem que quero, mas pratico o mal que não quero
[2] Cfr. Lc 23, 34,

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