A pergunta completa será:
Faço o bem que desejo ou pratico o mal que não quero?
Velha de dois mil anos - veja-se São Paulo – [1] esta questão torna-se uma constante nas almas que
procuram a perfeição, a santidade.
Leva-nos a considerar, sobretudo, as faltas de omissão
que frequentemente nos esquecemos de confessar.
E também, evidentemente, na nossa condição humana
frágil e volúvel que nos leva por caminhos que não queremos e nos afasta de
outros que deveríamos escolher.
A vontade própria só o é verdadeiramente quando é livre de quaisquer amarras ou preconceitos, quando a exercemos com plena consciência e conhecimento.
Um acto da vontade não é nunca uma experiência mas uma certeza.
A "máxima" poderia ser: "se não sabemos
não fazemos, se não conhecemos não desejamos".
Existe ainda um perigo que surge com mais
frequência e que é fazer mal com a convicção que estamos a praticar o bem.
O exemplo mais conhecido, talvez, seja o que de passou
na morte de Cristo quando Ele pede ao Pai perdão para eles porque «não sabem o que fazem» [2], como se dissesse que pensariam estar a fazer algo
bom.
Mais tarde - mais de dois mil anos passados - a Igreja
reconhece o mesmo e o Santo que era o seu chefe na altura - João Paulo II - chega
a pedir perdão ao povo judeu por séculos a serem considerados como criminosos.
(cont)
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