A revelação bíblica
mostra-nos a existência humana como resultado da bondade divina, isto é, como
um dom que suscita em nós gratidão e não nos dispensa da responsabilidade de
cuidar dele.
Para o crente, a vida
não está à inteira disposição de quem quer que seja, não é arbitrariamente
disponível, mas tem de ser respeitada como a condição básica de realização
pessoal.
A vida humana é prévia a
qualquer projecto pessoal, por isso ninguém é senhor absoluto da sua própria
vida e muito menos senhor da vida dos outros.
O valor da vida humana
não brota das valorizações que a sociedade atribui ou dos critérios que no
momento são socialmente significativos, mas de uma dignidade prévia a qualquer
criteriologia.
O suporte desta
dignidade é a própria condição humana, que, para o cristão, tem origem na bondade
criadora de Deus e no amor salvífico de Jesus Cristo.
(Nota pastoral da CEP, Cuidar da vida até à morte:
Contributo para a reflexão ética sobre o morrer)
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