24/03/2016

Reflectindo - 166

Conhecer-se - 5


Escrever sobre si mesmo não é nem fácil nem difícil se se segue uma regra simples: escrever para si mesmo sem a preocupação ou desejo que outros venham a ler o escrito.
Aliás, penso que só deste modo a escrita tem autenticidade concreta porque se por detrás dela se encontra algum ­ por ténue ou indefinido que seja ­ desejo ou intento de ser lido, é praticamente impossível fugir ao uso da máscara ou disfarce da realidade.
Sem querer, talvez, é­-se levado pelo desejo de parecer inteligente, original, interessante mas, depois, ao rever o escrito, fica­sse com um sentimento ­ bem amargo por vezes ­ de inutilidade.
O "truque" está numa fórmula muito simples: escrevi o que me apeteceu!
Esta conclusão que não se pretende transformar em corolário, resolve muitos dilemas futuros, como, por exemplo, concluir: já escrevi isto! Não vale a pena repetir!
E, daqui, pode surgir uma nova ideia que leve a uma elaboração diferente de um tema já rebuscado.

Parece-­me aceitável esta conclusão.


(ama, Reflexões, Cascais, 2015.09.29)

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