O DESENHO
símbolo do Jubileu da Misericórdia parte do Evangelho de Lucas (6,36) em que
Jesus nos convida a sermos “misericordiosos como o Pai“.
O padre jesuíta
Marko Rupnik preparou esta imagem trazendo uma das primeiras representações de
Jesus, o Bom Pastor. Ao invés de uma ovelha nos ombros, Jesus traz uma pessoa.
O Bom Pastor da humanidade carrega sobre os Seus ombros o ser humano e, assim,
conhecemos o mistério de Sua Encarnação e de nossa Redenção.
O olhar de Cristo
O Papa Francisco
conclamou o Ano Jubilar afirmando, na bula intitulada “Rosto da Misericórdia”,
que Jesus é o rosto vivo da misericórdia do Pai. Por isso, o centro da imagem é
o olhar. A figura que representa Jesus carrega aos ombros uma figura alusiva a
Adão e a toda humanidade. O olho esquerdo de Cristo e o direito de Adão são um
só, mostrando que Deus é capaz de ver como que com os nossos olhos as situações
em que vivemos. E também que o homem pode ver o caminho da vida iluminado pelo
olhar de Deus.
As cores
Os tons
utilizados referem-se ao significado milenar dado pelos artistas cristãos. O
vermelho é a cor de Deus e simboliza a vida; o azul, a cor do homem, daquele
que é capaz de olhar para o céu; o branco é a cor do Espírito Santo e
representa a Ressurreição de Jesus; o dourado, de Adão, lembra que o homem
caminha para a perfeição.
O estilo
medieval foi escolhido pelo Padre Rupnik por dar ênfase à cultura simbólica,
poética e metafórica. É algo que contrasta com o modelo pós-moderno que é
crítico e racional.
As palavras
O lema do Ano Jubilar
faz parte do desenho da mesma forma que na arte medieval as palavras e as imagens
não se separam. Esta também é a proposta do Papa Francisco: que as palavras e
os gestos digam a mesma coisa, que os discursos sobre a misericórdia sejam
acompanhados por atitudes.
No Jubileu da
Misericórdia, a principal linguagem será a simbólica. Os gestos vão transmitir
a mensagem da Igreja. A figura de Jesus com o rosto encostado ao de Adão, por
exemplo, expressa o desejo do Papa Francisco de uma Igreja mais próxima das
pessoas.
A Fé explicada, 16.02.2016
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