Amor-próprio
A soberba tem
manifestações em todos os aspectos da vida.
Nas relações com o próximo,
o amor-próprio torna-nos susceptíveis, inflexíveis, soberbos, impacientes,
exagerados na afirmação do próprio eu e dos direitos próprios, frios,
indiferentes, injustos nos nossos juízos e nas nossas palavras.
Deleita-se em falar das
acções próprias, as luzes e experiências interiores, das dificuldades, dos
sofrimentos, ainda que sem necessidade de o fazer.
Nas práticas de piedade
compraz-se em olhar os outros, observá-los e julgá-los; inclina-se a comparar-se
e a julgar-se melhor que eles, a ver-lhes defeitos somente e a negar-lhes as
boas qualidades, a atribuir-lhes desejos e intenções pouco nobres, chegando
inclusive a desejar-lhes o mal.
O amor-próprio (…) faz
com que nos sintamos ofendidos quando somos humilhados, insultados ou ignorados,
ou não nos vemos considerados, estimados e obsequiados como esperávamos.
(benedickt
baur, En la intimidad
con Dios, nr. 89, trad ama)
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