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Outra ideia errada sobre o perdão é que para a
ofensa e o ofensor ser perdoado, o mesmo tem que se arrepender e pedir o
perdão.
Se assim fosse muitas ofensas e muitos ofensores
nunca seriam perdoados, com prejuízo sempre para o ofendido, pois normalmente
este sofre pela ofensa, mas ainda sofre mais se essa ofensa e esse ofensor se
tornam razão de pensamentos quase obsessivos de rancor, de ressentimento, até
de desejos de vingança, (e nós sabemos bem que esse tipo de sentimentos nos
envenenam e infernizam a nossa vida), pelo que podemos perdoar a ofensa e o
ofensor, mesmo que o mesmo não se arrependa nem peça perdão.
Teríamos com certeza muito mais noções sobre o
perdão e o acto de perdoar, que não são verdadeiramente nem uma coisa nem
outra, mas para hoje, fiquemos apenas com estes, que serão os mais comuns.
Podemos então dizer que o perdão, o perdoar, é um
acto da nossa vontade, que envolve sempre sentimentos positivos de amor, que
irão contrabalançar toda a carga negativa que a ofensa produziu, levando-nos a
olhar para o ofensor com compaixão, não desejando para ele nenhum mal, seja ele
qual for.
(cont)
(joaquim
mexia alves, Conferência
sobre o perdão na Vigararia da Marinha Grande)
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