Contudo,
mil anos são muita coisa. Para melhor estudar a Idade Média, os estudiosos subdividiram-na.
Baseando no sistema socioeconómico do feudalismo (actualmente os historiadores
já distinguem entre feudalismo e senhorio, abandonando o critério marxista),
dividiram o período medieval entre Alta Idade Média (desenvolvimento e apogeu
do feudalismo) e Baixa Idade Média (crise e desestruturação do feudalismo), no
qual o século XI apareceria como um marco divisório.
Posteriormente,
os historiadores adoptaram uma nova divisão, levando em conta aspectos mais
complexos:
Antiguidade
Tardia (do século V ao VII, ou mesmo iniciando-se nos séculos II-III, no qual
se observam a desestruturação do Império Romano do Ocidente e a formação dos
reinos romano-bárbaros), Alta Idade Média (séculos VIII-X, característicos pelo
ressurgimento da ideia de Império na Cristandade ocidental com as dinastias
carolíngia e otónida, surgimento e formação do senhorio e do feudalismo), Idade
Média Plena ou Central (séculos XI-XIII, marcados pelo surgimento e auge da Cavalaria,
pelo ápice do poder temporal pontifício, surgimento das universidades,
crescimento da vida urbana e comercial, Cruzadas, etc.) e Baixa Idade Média
(séculos XIV-XV, onde se destacariam a crise e desestruturação do feudalismo,
uma maior centralização do poder nos reinos, o declínio do poder temporal do
Papado e novas formas de pensamento que conduziriam à chamada Renascença ou
Renascimento.
Também
poderíamos notar nesse período a expansão ultramarina europeia e a queda do
Império Romano do Oriente).
(cont 15 Nov)
Texto
de rafael de mesquita diehl,
professor e historiador formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e
mestrando pela mesma universidade. Publicado pelo site Revista Vila Nova.
(revisão
da versão portuguesa por ama)
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