2: “Crianças não queridas”?
A sociedade tem plenas condições de
dar soluções mais humanas e eficazes do que a morte do bebé
Quem defende o aborto evoca, por
vezes, a lamentável condição de vida que alguns nascituros terão caso venham a
nascer.
Pelo meio social ou pela escassez de
recursos educativos, pela precariedade do entorno familiar (se é que se trata
de uma família), o futuro da criança vislumbra-se mais ou menos tenebroso:
«É mais um que se vem afundar na miséria,
mais uma quase certa vítima da droga, mais um “humilhado e ofendido” que o
mundo terá de acolher. Ele próprio, se pudesse, agradeceria não ter nascido. É
injusto que venha ao mundo uma criança não amada».
Podemos admitir que existe uma
probabilidade alta de que uma criança, quinta filha de uma mãe solteira,
desempregada e que vive numa casa sem condições, vá passar por dificuldades de
todo o género.
Mas será inevitavelmente infeliz?
E será esse um motivo para matar a
criança?
E antes até: será mesmo verdade que
quem usa este argumento está realmente preocupado com a felicidade do nascituro
indesejado?
(cont)
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