5. A defesa da paz
«Bem-aventurados os pacíficos, porque
serão chamados filhos de Deus» [i].
Característica do espírito de filiação
divina é serem semeadores de paz e alegria [ii].
«A paz não é possível na terra sem a
salvaguarda dos bens das pessoas, a livre comunicação entre os seres humanos, o
respeito pela dignidade das pessoas e dos povos e a prática assídua da
fraternidade (…).
«Por causa dos males e injustiças que toda
a guerra traz consigo, a Igreja exorta instantemente a todos para que orem e
actuem para que a Bondade divina nos livre da antiga escravidão da guerra [v]» [vi].
Existe a «legítima defesa pela força das
armas».
Mas «a gravidade duma tal decisão
submete-a a condições rigorosas de legitimidade moral» [vii], [viii].
«As injustiças, as excessivas
desigualdades de ordem económica ou social, a inveja, a desconfiança e o
orgulho que grassam entre os homens e as nações, são uma constante ameaça à paz
e provocam as guerras.
Tudo o que se fizer para superar estas
desordens contribui para edificar a paz e evitar a guerra» [ix].
«Ama a tua pátria: o patriotismo é uma
virtude cristã.
Mas, se o patriotismo se converte num
nacionalismo que leva a encarar outros povos, outras nações, com desinteresse,
com desprezo – sem caridade cristã nem justiça –, é um pecado» [x].
pau agulles simó
Bibliografia
básica:
Catecismo da
Igreja Católica, 2258-2330.
João Paulo II,
Enc. Evangelium Vitae, 25-III-95, cap. III.
Leituras
recomendadas:
L. Ciccone, La
vita umana, Ares, Milano 2000.
L. Melina,
Corso di Bioetica. Il Vangelo della Vita, Piemme, Casale Monferrato, 1996.
- que o prejuízo causado pelo agressor à
nação ou comunidade de nações seja duradouro, grave e certo;
- que todos os outros meios de lhe pôr fim
se tenham revelado impraticáveis ou ineficazes;
- que estejam reunidas condições sérias de
êxito;
- que o emprego das armas não traga
consigo males e desordens mais graves do que o mal a eliminar. O poder dos
meios modernos de destruição tem um peso gravíssimo na apreciação desta
condição.
Estes são os elementos tradicionalmente
apontados na doutrina da chamada “guerra justa”.
A apreciação destas condições de
legitimidade moral pertence ao juízo prudencial daqueles que têm o encargo do
bem comum» (Catecismo, 2309). Além disso, «é-se moralmente obrigado a resistir
às ordens para praticar um genocídio» (Catecismo, 2313).
«A corrida aos armamentos
Não garante a paz.
Longe de eliminar as causas da guerra,
corre o risco de as agravar.
O dispêndio de fabulosas riquezas na
preparação de armas sempre novas impede que se auxiliem as populações
indigentes, e trava o desenvolvimento dos povos» (Catecismo, 2315). «A corrida
aos armamentos é um terrível flagelo para a humanidade e prejudica os pobres
dum modo intolerável» (Concílio Vaticano II, Const. Gaudium et Spes, 81).
As autoridades têm o direito e o dever de
regulamentar a produção e o comércio de armas (cf. Catecismo, 2316).
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