2: “Crianças não queridas”?
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Uma dúvida final.
De que modo a mãe que não abortou,
porque a lei não o permitiu, tratará o filho?
Vingar-se-á da sociedade no filho?
Para além de estar dentro de um quadro
já infeliz, não tenderão a agravar-se as coisas para a criança nascida por uma
lei que a mulher-mãe considera odiosa? «O Estado obriga-me a ter um filho -
pode dizer - mas não me pode obrigar a amá-lo; proíbe que o maltrate, mas não
me obrigará a beijá-lo.»
Reconheçamo-lo: essa atitude pode,
infelizmente, verificar-se, sobretudo quando o papel da maternidade é cada vez
menos valorizado na sociedade.
Contudo, a minha convicção, apoiada em
casos bem reais, é a de que, em pessoas mentalmente sãs, tal atitude, podendo
acontecer, não acontece.
A lógica das mães não é, felizmente, a
dos defensores do aborto.
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