10/08/2015

Defesa da vida

Questões sobre o aborto

2: “Crianças não queridas”?

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Não sem uma boa dose de humor e senso comum, Chesterton sintetizava essa visão do controlo da natalidade proposto como meio de conquista social: “É como dizer que a decapitação é um avanço na tecnologia dos dentistas”.

Enfim, a teoria malthusiana, tão incensada em determinados setores, parece ser assim uma história mal contada.
No fundo, Malthus nunca esteve realmente preocupado pelos pobres, mas sim pelos ricos: os pobres eram apenas um problema para os ricos.
Nada mais.
Não é que o preocupasse a infelicidade dos possíveis novos pobres; preocupava-o, isso sim, a felicidade que eles retirariam aos ricos.

Igualmente mal contada é a aparente preocupação pelos que vão nascer e crescer fatalmente infelizes.
Será realmente uma hipotética infelicidade futura da criança por nascer a causa para ela ser eliminada?
A causa para o aborto não será antes a presente infelicidade da mãe ou do pai pela criança não prevista e que vai trazer-lhes novos trabalhos?

Mas mesmo que se tratasse de um diagnóstico provável – nunca totalmente certo – não significa que o tratamento proposto como inevitável (o aborto) seja razoável.


(cont)

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