Em tempos de crise financeira, aumenta – e muito – o
trabalho celestial de Santa Edwiges, a padroeira dos endividados! Neste exacto
momento, não é difícil imaginar a santa recebendo orações de várias cidades do
país, e tudo ao mesmo tempo. Mas como uma simples serva de Deus, que não é
omnisciente, pode escutar todas essas súplicas?
Os santos no Céu podem ouvir as nossas súplicas porque
Deus o permite e quer. Deus basta-se a Si mesmo, e não precisa de criatura
alguma para nada, mas ELE QUER PRECISAR. Assim, é bastante razoável que os
membros do Corpo de Cristo participem dos Seus divinos dons, especialmente
aqueles membros que alcançaram elevado grau de santidade, e por isso estão mais
perfeitamente unidos a Deus.
O próprio Jesus o garantiu:
“Em verdade,
em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e
fará ainda maiores do que estas…” [i]
Só Deus é omnisciente. Portanto, os santos falecidos
não possuem o conhecimento pleno sobre todas as coisas do Universo, nem ouvem
tudo o que as pessoas pensam ou falam. Mas, conforme a vontade e os planos de
Deus, aos santos é dada a permissão de ouvir o clamor dos fiéis que invocam os seus
nomes, seja este clamor elevado com a voz ou com o simples pensamento.
“Convenhamos que os mortos ignoram o que acontece na
terra, pelo menos no momento em que ocorrem. (…) Certamente, não ficam sabendo
de tudo, mas apenas aquilo que lhe for autorizado saber e que têm necessidade
de saber. (…)
“As almas dos mortos também podem conhecer alguns
acontecimentos aqui da terra por revelação do Espírito Santo, acontecimentos
estes cujo conhecimento seja necessário. E isto não se restringe somente a factos
passados ou presentes, mas também futuros. É assim que os homens – não todos,
mas apenas os profetas – conheceram durante sua vida mortal, não todas as
coisas, mas apenas aquelas que a Providência Divina julgava bom revelar-lhes.” [ii]
Esse dom, é bom lembrar, não é exclusivo dos santos
falecidos: até mesmo na terra alguns cristãos tiveram o dom da visão dado por
Deus, o dom de ver a necessidade de outras pessoas, mesmo pessoas desconhecidas
e que estavam em lugares muito distantes. Por exemplo: a visão que Paulo teve
do macedónio pedindo ajuda, suplicando o anúncio do Evangelho em sua terra [iii].
Viver a devoção aos santos de forma verdadeiramente
católica, sem superstições perniciosas, é importantíssimo na nossa caminhada de
santidade. É a vivência do grande mistério da comunhão dos fiéis com Deus e uns
com os outros! Por meio dessa intercessão fraterna, todos os membros do Corpo
de Cristo participam da mediação do único mediador, Jesus Cristo.
Fonte: O CATEQUISTA
(Revisão da versão portuguesa por ama)
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