16/07/2015

Defesa da vida

Questões sobre o aborto

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“Problema de consciência”?

Decidir pela vida de um inocente vai além da questão privada e tem uma gigantesca dimensão social

Quem afirma que o aborto é apenas um assunto de consciência, habitualmente é favorável à sua legalização.
Até pode aceitar serenamente que o aborto seja algo a evitar, mas pensa que nem sempre será obrigatório posicionar-se contra esse acto. Haverá excepções que caberá à mulher grávida, e só a ela, identificar.

Essas mulheres que, em determinadas situações, decidem abortar - dizem - fazem-no “em consciência”.
Não o fazem de ânimo leve, mas ponderam todos os factores e julgam que o mais correcto, ou o menos mau, é realizar o aborto. A sua consciência aprovaria essa atitude.
Ninguém mais tem nada a dizer sobre a sua bondade ou maldade.
O Estado, ou quem quer que seja, não deve ter o direito de intromissão na consciência da mulher, contrariando uma íntima decisão.
Não seria, pois, legítima uma intervenção pública proibitiva.

Que objecções se podem levantar a este modo de focar o problema?

Posso concordar em que, como qualquer problema de índole moral, o aborto é, à partida, uma questão de consciência.
Também o são o cumprimento das leis de circulação rodoviária, a tributação fiscal, a pirataria de software, a violência doméstica, o suicídio, a adição a drogas, etc.
A prova disso, é que nestas, como em muitas outras questões, a par de medidas de coacção, expõem-se motivos e fazem-se campanhas para que as pessoas adiram livremente ao que se estima correcto e vantajoso para os cidadãos e a sociedade.


(cont)

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