Perspectiva |
O
que ocorre é uma tremenda aceleração das capacidades da inteligência artificial
que, apoiada na biotecnologia, nos transportará, em poucos anos, para uma nova
realidade, a que só alguns poucos têm acesso. A velocidade de cálculo dos semicondutores
evoluirá de tal modo que atingirá em breve um momento em que a máquina
ultrapassará o homem. Os 90 mil milhões de neurónios humanos serão uma
insignificância face aos computadores superinteligentes; mais ou menos como a
medusa (800 neurónios) é hoje para o ser humano...
Para
uns, o destino está traçado e o ser humano criará outros seres mais
inteligentes que ele e desaparecerá. Para outros, haverá uma combinação entre
homem e máquinas e aquele poderá prestar bons serviços a estas e estas poderão apoiar
imenso a capacidade de memória daquele (além de o poderem livrar de doenças, da
fome e... da morte).
O
momento em que a máquina vai ultrapassar o ser humano já tem o nome:
“Singularidade”; outros chamam-lhe “explosão de inteligência”, pois ocorrerá
quando as máquinas conseguirem reprogramarem-se para aumentarem por si mesmas,
infinitamente, as suas capacidades.
A
Net está dominada por grandes monopólios que buscam vencer a morte, trazendo a
imortalidade para a ordem do dia. Como referia recentemente o "Le
Monde" (que sigo para estas observações técnicas), se hoje o
desenvolvimento da robotização e da inteligência artificial depende de quem as
controla, o problema pode mudar substancialmente se e quando elas não se
deixarem controlar.
(cont)
joaquim azevedo
Universidade
Católica Portuguesa, Secretariado Diocesano da Pastoral da Cultura (Porto)
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