Deus
não te arranca do teu ambiente, não te tira do mundo, nem do teu estado, nem
das tuas ambições humanas nobres, nem do teu trabalho profissional... mas, aí,
quer-te santo! (Forja, 362)
Por
muito que tenhamos pensado nestas verdades, devemos encher-nos sempre de
admiração ao pensar nos trinta anos de obscuridade que constituem a maior parte
da passagem de Jesus entre os seus irmãos, os homens. Anos de sombra, mas, para
nós, claros como a luz do Sol. Mais: resplendor que ilumina os nossos dias e
lhes dá uma autêntica projecção, pois somos cristãos correntes, com uma vida
vulgar, igual à de tantos milhões de pessoas nos mais diversos lugares do
Mundo.
Assim
viveu Jesus seis lustros: era filius fabris, o filho do carpinteiro. Virão
depois os três anos de vida pública, com o clamor das multidões. E as pessoas
surpreendem-se: Quem é este? Onde aprendeu tantas coisas? Pois a sua vida tinha
sido a vida comum do povo da sua terra. Era o faber, filius Mariae, o carpinteiro,
filho de Maria. E era Deus; e estava a realizar a redenção do género humano; e
estava a atrair a si todas as coisas.
Como
em relação a qualquer outro aspecto da sua vida, nunca deveríamos contemplar
esses anos ocultos de Jesus sem nos sentirmos afectados, sem os reconhecermos
como aquilo que são: chamamentos que o Senhor nos dirige para sairmos do nosso
egoísmo, do nosso comodismo. (Cristo que passa, nn. 14-15)
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