Saber... que sabemos nós, verdadeiramente?
Ah! sabemos
muitas coisas, tantas que nos esquecemos da imensidão do que não sabemos. Então
para que queremos saber tanto?
Porque, na
verdade, quanto mais sabemos - ou pensamos que sabemos- mais mais evidente se
torna o que está por saber.
Olho para mim
mesmo e fico-me absorto a imaginar esta "máquina" de carne, nervos, músculos
e ossos, numa complexidade de magia, que funciona, adoece, recupera, treina,
habitua-se, revolta-se, cansa-se, responde aos estímulos...
Sobre ela
escreveram-se toneladas de documentos, livros impressos; celebram-se simpósios,
reuniões, assembleias; reúne-se a nata da ciência, da medicina, da física, da química.
A filosofia discute exaustivamente, examina sem descanso, avalia tudo, tudo
pesa, tudo tenta explicar.
Sabemos muitas
das causas, vários dos efeitos, muitas das consequências e, no entanto...
ninguém me consegue dizer em que ano, ou dia, ou hora ou segundo,
inevitavelmente, de certeza... morrerei!
(ama, reflexões, 2008)
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