A
verdadeira oração, a que absorve todo o indivíduo, não a favorece tanto a
solidão do deserto como o recolhimento interior. (Sulco, 460)
Eu,
enquanto tiver alento, não cessarei de pregar a necessidade primordial de ser
alma de oração – sempre! – em qualquer ocasião e nas circunstâncias mais
díspares, porque Deus nunca nos abandona. Não é cristão pensar na amizade
divina exclusivamente como um recurso extremo. Pode parecer-nos normal ignorar
ou desprezar as pessoas que amamos? Evidentemente que não. Para os que amamos
dirigimos constantemente as palavras, os desejos, os pensamentos: há como que
uma presença contínua. Pois, o mesmo com Deus.
Com
esta busca do Senhor, toda a nossa jornada se converte numa única conversa,
íntima e confiada. Afirmei-o e escrevi-o tantas vezes, mas não me importo de o
repetir, porque Nosso Senhor faz-nos ver – com o seu exemplo – que este é o
comportamento certo: oração constante, de manhã à noite e da noite até de
manhã. Quando tudo sai com facilidade: obrigado, meu Deus! Quando chega um
momento difícil: Senhor, não me abandones! E esse Deus, manso e humilde de
coração, não esquecerá os nossos rogos nem permanecerá indiferente, porque Ele
afirmou: pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. (Amigos
de Deus, 247)
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