Pedro
e o seu irmão, André «Deixaram tudo»!...
diz Mateus.
Como
Cristo hão-de entregar também as suas vidas na cruz.
Ambos se consideraram indignos ser crucificados como o Rabi por Quem tinham abandonado tudo, naquele dia, nas margens do mar da Galileia: Pedro quer ser crucificado de cabeça para baixo; André escolhe uma cruz em X.
Quiseram deixar bem claro quem era o Mestre e quem eram os discípulos.
E eu? O que é que eu tenho deixado, ao longo da minha vida, pelo meu Mestre?
Umas
poucas coisitas de pouca monta e, mesmo assim, sempre relutante, a
contra-gosto.
Fico-me
para aqui, agarrado às minhas redes, encostado ao meu barco e não avanço mar
dentro à pesca com é meu dever. Ah! Porque o tempo não está favorável; talvez
amanhã; porque estou cansado; porque chove; está frio; faz muito calor; não me
apetece; ainda ontem fui e não apanhei nada!
Tantas
razões sem razão nenhuma!
Vá! Nunc
coepi!
Agora...agora
começo. Com o que tenho, com as minhas misérias e pouca coisa, com os meus
enormes defeitos e pequenas virtudes mas de ouvidos bem atentos à voz de quem
chama: Tu...! Vem e segue-me!
(ama, reflexão, 2006)
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