12/09/2014

Temas para meditar 234


Justa crucem


A fé, a esperança e a ardente caridade da Virgem no cimo do Gólgota, que de modo eminente a tornam corredentora com Cristo, são também um convite a crescer-mos, a ser fortes, humana e sobrenaturalmente, ante as dificuldades externas; a insistir, sem desanimar, na acção apostólica, ainda que por vezes pareça que não há frutos, o horizonte aparece obscurecido pela potência do mal.
Lutemos – luta tu! – contra esse acostumar-se, contra esse ir andando monotonamente, contra esse conformismo que equivale à inacção. Olha Cristo na Cruz, olha Santa Maria junto da Cruz: ante o seu olhar abrem caminho, com segurança pasmosa, a traição, a troça, os insultos…; mas Cristo, e secundando essa acção redentora, Maria, continuam fortes, perseverantes, cheios de paz, com optimismo na dor, cumprindo a missão que a Trindade lhes confiou. É um abanão para cada um de nós, recordando-nos que na hora da dor, da fadiga e da contradição mais horrenda, Cristo – e tu e eu temos de ser outros Cristos – da cumprimento à Sua missão (…). Decido-me a aconselhar-te que voltes os teus olhos para A Virgem, e lhe peças, para ti e para todos: Mãe, que tenhamos confiança absoluta na acção redentora de Jesus e que – como tu, Mãe – queiramos ser co-redentores.

(álvaro del portilloCarta pastoral, 1970.05.31)

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